Em um trecho da biografia de Paul Stanley, vocalista e guitarrista do KISS, o músico relembra a passagem da banda pela América do Sul, em 1983 – em especial, o show no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro. A turnê no continente foi a última do grupo até que as máscaras fossem retiradas no final do ano.
A tradução livre é do site Playa del Nacho.
“Em junho de 1983, fomos de avião para o Brasil e tocamos para 180 mil fãs gritando no Estádio do Maracanã no Rio. Era a maior plateia para a qual tínhamos nos apresentado. Ao subir ao palco dos estádios de futebol da América do Sul, eu me dei conta de que os estádios que consideramos grandes nos EUA eram minúsculos em comparação. Pequenos.
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Quando você entra em um estádio como o Maracanã, você se sente como se estivesse no fundo de um barril de petróleo.
Outra diferença é a segurança. Durante a tarde, quando estávamos fazendo os ajustes, uma divisão armada circulava com cães.
Não há como descrever o tamanho da energia que um público daquele tamanho emana. E toda a energia era direcionada a nós no palco. Você pode dizer que o ar estava eletrificado ou que havia um sentimento coletivo de ansiedade, histeria – chame do que quiser. Mas quando ele é todo direcionado a você, é como uma enorme onda que pode te consumir. A quantidade de força te empurrando é incrível. Pode quase que te derrubar.
E ainda assim, por mais extasiante que tenha sido tocar naqueles lugares, o destino estava fadado a acontecer. Era apenas uma questão de como os dominós iriam cair, não se iriam cair. Nós ainda conseguíamos tocar nos maiores estádios da América do Sul, mas estávamos em uma situação muito frágil na América do Norte. Nós sabíamos que tínhamos que construir o Kiss do zero, tudo de novo”.