O Million Dollar Reload é a grande banda de hard rock que o mundo nunca teve. Formado em Balfast, na Irlanda do Norte – terra do falecido Gary Moore -, o grupo viveu por pouco menos de dez anos, entre 2005 e 2015, e foi formado por Phil Conalane (vocal), Bam (guitarra), Andy Mack (guitarra), Kie McMurray (baixo) e Davy Cassa (bateria).
O som praticado pelo Million Dollar Reload já não é mais popular – trata-se de um hard rock que agrega elementos de bandas dos anos 1970 e 1980, além de um toque atual. É como um Buckcherry com mais gancho, guitarra e malemolência. No entanto, nem mesmo dentro do segmento especializado o grupo foi popular. Não é minha função buscar “culpados” por isso. Quero apenas destacar que os dois únicos discos lançados pela banda são bons – fora o ao vivo “As Real As It Gets” (2014).
“Anthems Of A Degeneration” (2007) e “A Sinner’s Saint” (2012) são discos bem parecidos – o segundo é melhor produzido, mas o conceito é o mesmo. Entregam riffs densos, timbres gordos, refrães grudentos, cozinha básica, alguns licks de guitarra cruzados e solos de guitarra caprichados que mostram a influência do Thin Lizzy. Apesar do “toque de Lynott”, o som é muito mais americanizado, especialmente pelas composições radiofônicas e pelo ótimo vocal de Phil Conalane, cogitado há alguns anos para substituir Scott Weiland no Velvet Revolver.
Mesmo com dois bons trabalhos lançados, o Million Dollar Reload se desintegrou no ano passado. Alguns dos integrantes se juntaram a outros membros do Swanee River e formaram o Blackwater Conspiracy, que é mais voltado para o classic rock. Até pela logo utilizada pelo grupo, trata-se de uma tentativa de ir para a linha do Blackberry Smoke.
Enquanto o Million Dollar Reload não volta – e talvez nunca volte –, conheça o material lançado pelo grupo até hoje: