O mês de maio chegou ao fim com muitos lançamentos de novos discos de rock e metal à disposição. Inclusive, parte do material que chegaria a público foi dissecada na lista abaixo:
– 20 discos de rock e metal que serão lançados em maio
Nesse texto, apresento cinco discos do hard rock lançados neste mês cuja audição é recomendada. Não são os melhores: apenas bons trabalhos, dentro de minhas preferências particulares, que selecionei para sugerir.
Veja:
Harem Scarem – “United”
Confesso que nunca fui chegado no som do Harem Scarem. Entretanto, “United” merece ser ouvido com atenção. É um dos trabalhso mais inspirados da longa discografia da banda, capitaneada pelo vocalista Harry Hess e pelo guitarrista Pete Lesperance. O diferencial do hard melódico praticado pelo grupo está nas músicas: em “United”, soam mais inspiradas e memoráveis.
Assista ao clipe de “Sinking Ship”:
Ouça “United” na íntegra:
The Night Flight Orchestra – “Amber Galactic”
“Amber Galactic” é o melhor trabalho da curta discografia do The Night Flight Orchestra, supergrupo formado por músicos de bandas como Soilwork e Arch Enemy. Em comparação aos antecessores, esse disco soa melhor planejado e parece seguir uma linha criativa do início ao fim. A pegada AOR mais retrô ganhou traços mais evidentes do rock progressivo. E Björn “Speed” Strid está cantando melhor do que nunca.
Assista ao clipe de “Something Mysterious”:
Ouça “Amber Galactic” na íntegra:
Mark Slaughter – “Halfway There”
“Halfway There” é, sem dúvidas, o disco mais introspectivo de Mark Slaughter. Mais denso e até pesado – seja em melodias ou letras -, o segundo álbum solo de Mark é infinitamente melhor que o primeiro, o fraco “Reflections In A Rear View Mirror” (2015). E o melhor de tudo é que soa atual, contemporâneo. Não se trata de uma mera ode à sonoridade de sua banda, o Slaughter, mas, sim, de um digno álbum solo.
Ouça a música “Devoted”:
Ouça “Halfway There” na íntegra:
Inglorious – “II”
Em seu primeiro disco, o Inglorious já havia apresentado suas credenciais. O hard rock poderoso do grupo, liderado pelos excelentes vocais de Nathan James, só pecava pela ligeira falta de identidade. Em “II”, esse problema parece resolvido: a banda mostrou mais swing e groove em seu som, chegando a uma fórmula musical bem peculiar. Ainda que pareça precisar de mais estrada para chegar ao seu auge, o grupo demonstrou grande evolução em “II”.
Assista ao clipe de “I Don’t Need Your Loving”:
Ouça “II” na íntegra:
Snakecharmer – “Second Skin”
O primeiro álbum do Snakecharmer, de 2013, é bom, mas soa como uma filial dos tempos mais classic rock do Whitesnake. Não à toa, a banda conta com dois ex-integrantes do grupo: o guitarrista Micky Moody e o baixista Neil Murray. Em “Second Skin”, o grupo ainda trabalha na pegada do hard clássico, mas os músicos apresentam um pouco mais de si. O vocalista Chris Ousey se impôs, enquanto o restante da formação, completa por monstros do porte de Adam Wakeman (teclados), Laurie Wisfield (guitarra) e Harry James (bateria), manteve a maestria de sempre.
Assista ao clipe de “That Kind Of Love”:
Ouça “Second Skin” na íntegra:
Observação: “Louder Harder Faster”, do Warrant, poderia estar nessa lista. Mas não está. E o motivo é claro: é um disco pouco inspirado, ainda que tecnicamente seja executado de forma correta e Robert Mason é um grande cantor. Achei as músicas fracas, esquecíveis e pouco alinhadas com o que o grupo fez em sua discografia – que, em seus melhores momentos, foi capitaneada pelo falecido Jani Lane. A música que dá nome ao álbum é um dos poucos destaques da tracklist.
Assista ao clipe de “Louder Harder Faster”: