Amy Lee, do Evanescence, fala sobre machismo na indústria musical

A cantora do Evanescence, Amy Lee, é citada como influência por muitas frontwomen do rock. Nomes como Lzzy Hale (Halestorm), Taylor Momsen (The Pretty Reckless) e Hayley Williams (Paramore) já elogiaram a vocalista publicamente, não só por seu trabalho em si, mas por ter mostrado que uma mulher pode, sim, fazer sucesso dentro do gênero musical em questão.

No entanto, em entrevista à Billboard, Amy Lee contou que sua trajetória na música não foi fácil. A artista citou, por exemplo, que se opôs à participação do rapper Paul McCoy na música “Bring Me To Life”, sugerida pela gravadora Wind-up Records. McCoy acabou cantando na faixa, que fez sucesso. O selo também havia proposto que um rapper entrasse no grupo de forma permanente, algo que Lee discordou frontalmente e acabou não ocorrendo.

- Advertisement -

Amy diz que entrou em muitas lutas e sente que venceu a maior parte delas. “Às vezes, era difícil saber a diferença entre ser tratado como um jovem idiota – ‘você é só uma criança, todos sabem mais do que você’ – e ser tratado de certa forma por ser uma mulher”, disse.

Segundo Lee, o caminho é um pouco mais complicado na indústria musical para quem é mulher. “Aprendi conforme fiquei mais experiente e muito disso foi porque sou mulher. Naturalmente, as pessoas nos veem como o ‘sexo frágil’, que vai ficar de lado e deixar os homens fazerem o ‘trabalho verdadeiro’. Então, por diversas vezes, observei isso, reconheci e disse: ‘não, vai acontecer da forma que eu quero, porque tenho certeza de que estou certa, é a minha arte e você não vai mudar isso'”, contou.

Ainda de acordo com Amy Lee, tais conflitos na indústria musical são uma das razões pelas quais o Evanescence lança poucos discos. O grupo só divulgou quatro álbuns até hoje: “Fallen” (2003), “The Open Door” (2006), “Evanescence” (2011) e “Synthesis” (2017), sendo que este último é um registro de regravações orquestradas e eletrônicas, com três faixas inéditas.

Leia também:  A bizarra forma como Gilby Clarke soube que estava fora do Guns N’ Roses

ESCOLHAS DO EDITOR
InícioCuriosidadesAmy Lee, do Evanescence, fala sobre machismo na indústria musical
Igor Miranda
Igor Miranda
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

DEIXE UMA RESPOSTA (comentários ofensivos não serão aprovados)

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui


Últimas notícias

Curiosidades