O guitarrista Slash relembrou seu período no Velvet Revolver e o falecimento de seu vocalista, Scott Weiland, em entrevista à Rolling Stone. Slash montou a banda com o baixista Duff McKagan e Matt Sorum, seus então ex-colegas de Guns N’ Roses, no início da década passada. Weiland, consagrado por seu trabalho com o Stone Temple Pilots, assumiu os vocais, enquanto Dave Kushner foi chamado para a guitarra base. O grupo acabou em 2008 e Scott faleceu no fim de 2015.
“Por mais louco que aquele período tenha sido, ainda fiquei chocado ao ficar sabendo sobre Scott. Mas, sim, o Velvet Revolver não foi divertido. Não tenho nada positivo para dizer sobre aquela experiência, exceto pelo fato de que compusemos algumas coisas boas”, disse Slash, brevemente, ao ser questionado sobre a morte de Scott Weiland.
Em outro momento da entrevista, Slash relembrou a tentativa de contar com Izzy Stradlin, ex-Guns N’ Roses, na banda. “Houve um ponto, bem antes do Velvet Revolver, em que ele estava interessado em fazer algo. Só que estávamos procurando um frontman e ele não queria lidar com isso. Mas não foi um grande problema. Não houve nenhum tipo de decepção ou algo do tipo, pelo menos no que diz respeito a mim”, afirmou.
– Leia: Matt Sorum diz que Velvet Revolver foi “o auge” da vida dele
As lembranças ruins relacionadas ao Velvet Revolver podem ter relação não só com as brigas envolvendo Scott Weiland, como também pela própria saúde de Slash. O guitarrista disse, em um terceiro momento da entrevista, que vivenciou o “ponto mais baixo da vida” entre 2005 e 2006, devido a problemas de saúde originados dos anos em que abusou das drogas e álcool. Desde então, o músico se mantém completamente sóbrio.
“A motivação para tocar foi o que me salvou. Quando fiquei muito doente pela primeira vez, eu estava na estrada abrindo para o AC/DC e tive que cancelar. Foi a primeira vez que precisei cancelar alguma coisa e fiquei frustrado. Quando os médicos disseram que eu tinha seis semanas de vida e me colocaram em fisioterapia, me deram alguns remédios. E o médico que colocou o desfibrilador em mim disse para eu me ‘endireitar’ por um tempo. Fiquei tão motivado para repor aquelas datas que foi isso o que me salvou. Entre 2005 e 2006, fui ao meu ponto mais baixo e foi muito ruim. Não há nada do tipo ‘recapturar a glória’, isso não vai acontecer”, afirmou Slash.