O músico Roger Waters comentou, em entrevista ao “Fantástico”, sobre as críticas que recebe por se manifestar politicamente em suas músicas e turnês. Recentemente, Waters envolveu-se em polêmicas com o público brasileiro ao ter incluído Jair Bolsonaro, candidato à presidência pelo PSL, em uma lista de líderes “neofascistas” exibida em seus shows. Além disso, na primeira das duas apresentações que fez em São Paulo, ele expôs a hashtag #EleNão no telão. Graças a isso, o músico foi bastante vaiado.
Apesar de ter admitido que a hashtag #EleNão foi exibida em um momento equivocado do show – era para ter sido mostrada durante “Mother” e não em “Eclipse” – , Roger Waters destacou seu compromisso em manifestar sua opinião política durante suas performances.
– Confira: O que Tom Morello pensa quando dizem que ele não deve falar sobre política
“Se vocês, meus fãs, acharam que músicos devem apenas tocar suas músicas… É obviamente apenas errado. Não, não devemos. Nós temos responsabilidade como políticos e também como músicos. Eu acredito que todos os artistas, não interessa qual tipo de arte você faça, todos têm responsabilidades de usar a arte para expressar ideias políticas e criar demandas em favor dos direitos humanos para todos”, disse, ao “Fantástico”.
– Veja: Ao ‘Fantástico’, Roger Waters revela erro técnico com #EleNão, mas mantém crítica
“Francamente, para as pessoas que comentaram na minha página do Facebook ‘cala a boca e apenas toca a música’. Se você não gosta, não entre no meu Facebook, não vá aos meus shows, ok? Se não gosta, não venha! Tudo isso é ridículo”, completou ele, que citou John Lennon para dizer que “tudo o que precisamos é de amor” e que “você pode dizer que sou um sonhador, mas não sou o único”.
Durante o “Fantástico”, Waters também fez uma breve apresentação acústica. Clique aqui para assistir.
A turnê de Roger Waters pelo Brasil passará, ainda, pelas seguintes cidades e datas: Salvador (dia 17), Belo Horizonte (dia 21), Rio de Janeiro (dia 24), Curitiba (dia 27) e Porto Alegre (dia 30).