Em entrevista ao The Metal Voice, transcrita pelo Ultimate Classic Rock, o guitarrista Jake E. Lee revelou alguns detalhes financeiros de seu trabalho com Ozzy Osbourne, entre os anos de 1983 e 1987. O músico contou, por exemplo, quanto recebeu para gravar o álbum “Bark At The Moon”.
“Eu era jovem (26 anos). Na época, havia poucas informações de como funcionava a indústria musical. E eu confiei nas pessoas. Disseram que eu receberia minha parte das composições e publicação. Acreditei na palavra, o que foi um engano – embora nunca tenha sido pelo dinheiro”, disse, inicialmente.
Lee relatou ter recebido US$ 100 por semana quando entrou para a banda – algo em torno de US$ 260 (ou R$ 985) com ajuste da inflação. “Aumentaria com o tempo porque não tinham certeza sobre mim. O valor dobrou e continuou dobrando até que eu me provasse. Eu não me importava: eu passei de não ter dinheiro ou banda para estar com Ozzy”, afirmou.
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“Eu receberia US$ 5 mil (hoje, cerca de US$ 13 mil ou R$ 49 mil) para gravar ‘Bark At The Moon’, além dos créditos de composição e publicação. Quando finalmente assinei o contrato, me jogaram US$ 10 mil (hoje, cerca de US$ 26 mil ou R$ 98 mil) para compensar a ausência dos créditos”, completou.
Hoje, Jake E. Lee descreve essa estratégia como “aproveitadora”, já que Ozzy Osbourne lucraria muito mais com os royalties, mesmo pagando uma quantia considerada alta para o guitarrista. “Minha parte seria de US$ 250 mil (hoje, cerca de US$ 650 mil ou R$ 2,4 milhões) só para a faixa título. Isso significa que Ozzy ganhou US$ 250 mil em vez de mim. É muito dinheiro, mas não me sinto amargurado por isso”, afirmou.