Em vez do tradicional listão de lançamentos semanais – que me tomava muito tempo às sextas-feiras -, resolvi encurtar o processo. Agora, a ideia é divulgar álbuns e/ou músicas lançadas na sexta ou até em outros dias da semana, que chamaram a minha atenção. Não são, necessariamente, trabalhos dos quais adorei ou algo do tipo: são apenas recomendações pinçadas do extenso universo musical.
Depois, não deixe de conferir:
– 80 álbuns de rock e metal que serão lançados em fevereiro de 2019
Veja, a seguir, cinco álbuns de rock e metal lançados nesta sexta-feira, 1° de fevereiro, que chamaram a minha a atenção.
Massive – “Rebuild Destroy”: O fato dessa banda ser da Austrália já entrega o AC/DC uma das influências esperadas. Apesar disso, esse trio usa os ensinamentos dos irmãos Young apenas em alguns riffs e solos, porque a sonoridade é bem mais acelerada. Em seu terceiro disco, a fórmula se aprimorou, mas ainda é fácil de resumir: rock and roll direto, pesado e empolgante. Sem rodeios.
Bravo Delta – “Unbreakable”: Talvez essa banda americana seja a menos conhecida da lista, mas não perde tanto em qualidade se comparada aos demais. Em seu primeiro disco, o quarteto apresenta um hard rock de tom mais contemporâneo – ou seja, tonalidades mais pesadas, vocais mais naturais e influências de nomes como Breaking Benjamin e Disturbed. Tem até aquela pitada meio post-grunge que grupos desse segmento também possuem, mas é de rara manifestação. Compensa dar uma chance.
Le Butcherettes – “Bi/Mental”: Entre as bandas aqui listadas, o Le Butcherettes é o de assimilação mais complicada. Essa banda mexicana, liderada pela vocalista e guitarrista Teri Gender Bender, flerta com um punhado de gêneros. O garage rock é o fio condutor, mas há pitadas mais experimentais de indie, punk e por aí vai. O quarto álbum do grupo não é irretocável – a abertura, com participação de Jello Biafra, não soa bem e as faixas menos agitadas não convencem -, mas a sonoridade sincera e orgânica me chamou a atenção. Vale a pena dar uma chance.
Stone Blue Electric – “Speaking Volumes”: O disco de estreia dessa banda finlandesa está como destaque mais pela veia festiva e pelo potencial que apresenta – para próximos álbuns, obviamente – do que pelo material em si. As músicas são boas, mas, às vezes, a proposta soa um pouco confusa: é hard rock, indie, post-grunge ou outra coisa? Ainda assim, há bons momentos que compensam a entrada nessa humilde lista.
Metallica – “Helping Hands… Live & Acoustic At The Masonic”: O primeiro trabalho acústico do quarteto mais famoso (sim!) do metal demorou um pouco para chegar. Poderia ter sido feito no lugar do orquestrado “S&M” (1999), por exemplo. Mas, felizmente, veio. A circunstância era um pouco diferente – foi um show mais curto e repleto de covers, feito com fins beneficentes para a ONG do grupo, “All Within My Hands”. Dessa forma, soa como se tivesse sido gravado por acaso. Ainda assim, há momentos que chamam a atenção, especialmente pelas boas versões executadas.
Bônus – destaque negativo
Within Temptation – “Resist”: O novo trabalho dessa banda holandesa, que se consagrou no symphonic/gothic metal, resolve apostar num rock alternativo bastante formatado. Com exceção de uma ou outra música, esse disco, infelizmente, não me pegou. A intenção era boa: fazer um som ligeiramente mais acessível, algo que o Nightwish conseguiu no bem-sucedido “Once”. Não rolou.
Outros álbuns lançados nesta sexta-feira (clique no nome do disco para ouvir):
- Soen (metal progressivo) – “Lotus“;
- White Lies (indie/post-punk) – “Five“;
- Steve Dadaian (metal instrumental) – “Follow The Light“;
- Die Klute (metal industrial, com o guitarrista Dino Cazares) – “Planet Fear“;
- Astronoid (post-metal) – “Astronoid“;
- Spielbergs (indie rock) – “This Is Not The End (By The Time It Gets Dark)“;
- Megascavenger (death metal) – “Boneyard Symphonies“;
- Unloved (indie rock) – “Heartbreak“.