O guitarrista Jake E. Lee (Red Dragon Cartel, ex-Ozzy Osbourne e Badlands) afirmou, em entrevista ao Tone-Talk transcrita pelo Blabbermouth, que foi chamado para substituir Mick Mars no Mötley Crüe. Segundo ele, o convite veio do baixista Nikki Sixx e do baterista Tommy Lee.
“Eu saí do Ratt e estava sem nada. Eu ia para os shows do Mötley… Nikki e Tommy me queriam na banda. Na verdade, me queriam para substituir Mick – o que você pode entender. Eu era melhor guitarrista e mais bonito. Só que o sogro dele ou algo assim estava financiando a banda, então, não rolou”, contou Lee.
Segundo o músico, a possibilidade de ter dois guitarristas no Crüe foi cogitada na época, já que não dava para tirar Mick Mars. “Talvez, poderiam ser dois guitarristas. Mesmo na época, eu lembro de pensar: ‘Mötley Crüe com duas guitarras… não sei’. Enfim, começou assim. Independentemente se alguém negar isso ou não, foi como começou a rixa entre eu e Mick”, afirmou.
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Pouco tempo depois, Jake E. Lee entrou para a banda de Ozzy Osbourne, com quem o Mötley Crüe excursionou em 1984. “Não digo que tive muito a ver com isso, mas lembro de Sharon (Osbourne, esposa e empresária de Ozzy) pedir minha opinião sobre o Mötley Crüe e eu ter dito: ‘eles vão ser os próximos grandes’. Então, chamaram a banda”, disse.
Segundo o ex-Ozzy, a turnê quase rendeu uma briga física entre Jake E. Lee e Mick Mars. “Em certo ponto, eu estava em uma festa com algum integrante do Crüe que era colega de quarto de Mick. Nós voltamos para o quarto e Mick estava lá, de pijamas, chateado conosco. Estávamos com o Ratt também, lembro de Robbin (Crosby, guitarrista) e Stephen (Pearcy, vocalista) por lá. Mick, sendo o velho e alvo de piadas, reclamou de alguma coisa. Não lembro o que eu falei, mas o chamei de ‘velho’ e falei para ele se calar. Daí, ele disse: ‘pelo menos não sou um japa desgraçado de olho puxado’. Eu não gostei daquilo, não ouvia coisas daquele tipo desde a escola. Fiquei puto e saí de perto. Eu ia enchê-lo de porrada, mas o Robbin Crosby, com seus dois metros de altura, que me levou para fora e disse: ‘vamos lá, Jake, nada disso importa'”, afirmou.
Lee acrescentou que Mars e ele fizeram as pazes após isso e destacou que não acreditava que o guitarrista do Mötley Crüe fosse “tão racista, só queria me atacar, porque eu era mais jovem, mais bonito e melhor na guitarra”.
Por fim, o músico tentou imaginar como seria o Mötley Crüe caso ele entrasse para a banda. “Não digo que seria melhor. Nada contra Mick, ele tem ótimo timbre e faz rítmica muito bem. Provavelmente, ele era o necessário para que a banda se tornasse grande. Não seriam tão grande assim sem mim. Musicalmente, seriam melhores”, disse.