O que causou o acidente de ultraleve que deixou Herbert Vianna paraplégico

Artista sofreu um acidente com seu avião ultraleve na cidade de Mangaratiba, no Rio de Janeiro.

O dia 4 de fevereiro de 2001 marca um dos capítulos mais tristes da música brasileira. O vocalista e guitarrista Herbert Vianna, d’Os Paralamas do Sucesso, sofreu um acidente com seu avião ultraleve na cidade de Mangaratiba, no Rio de Janeiro.

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O músico ficou paraplégico em decorrência do acidente. Ele estava acompanhado de sua esposa, Lucy Needham-Vianna, que acabou falecendo.

A causa do acidente de Herbert Vianna

A queda do avião aconteceu por volta das 15h25 daquele dia, um domingo, após uma tentativa de execução de um looping – uma manobra radical em que fica de ponta cabeça. Muito se especulou sobre um erro por parte de Herbert.

Tempos depois, um inquérito do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA) comprovou que houve um problema de fabricação na cauda do modelo. A área era constituída por um material que se deteriorava com altas temperaturas.

Uma indenização foi paga a Herbert Vianna após a comprovação do problema. Porém, a vida dele nunca mais foi a mesma.

O vocalista passou 45 dias internado, sendo os primeiros 20 em estado de coma. Aos poucos, retomou o raciocínio e a fala.

Porém, ficou sem os movimentos da parte inferior do corpo devido a um traumatismo craniano. Além disso, precisou reaprender a fazer tudo de novo — inclusive a cantar e tocar guitarra.

Cicatrizando as feridas com Os Paralamas do Sucesso

Mesmo em uma cadeira de rodas, Herbert Vianna conseguiu retomar a carreira com os Paralamas do Sucesso. A banda voltou à ativa, lançando álbuns e realizando shows normalmente desde então.

Em 2014, mais de uma década após o acidente, o artista comentou em entrevista à TV Bahia sobre a maior das dores do acidente: a perda de sua esposa, Lucy, na época com 36 anos.

Ele buscou explicar como a música o tem ajudado a seguir sua vida, não apenas profissionalmente, mas servindo como ferramenta para exteriorizar seus sentimentos em relação a tudo o que aconteceu.

“Uma peculiaridade da questão da música é você conseguir canalizar com igual intensidade alegrias e tristezas profundas. Um exemplo peculiar disso é quando eu, através de uma canção que a gente tem uma resposta muito bonita, digo: ‘Olhos fechados pra te encontrar, não estou ao seu lado, mas posso sonhar. Aonde quer que eu vá, levo você, no olhar’.”

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André Luiz Fernandes
André Luiz Fernandes
André Luiz Fernandes é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). Interessado em música desde a infância, teve um blog sobre discos de hard rock/metal antes da graduação e é considerado o melhor baixista do prédio onde mora. Tem passagens por Ei Nerd e Estadão.

3 COMENTÁRIOS

  1. muito triste e até hoje sinto muito esse acidente. mesmo com a responsabilização da causa à fabricante, por um erro na construção do avião, as pessoas que fazem atividades ditas radicais, muitas vezes, pelo tempo e experiencia, vão “perdendo o medo” e acabam exagerando nas manobras o que, sinceramente, acho que foi o caso pois, mesmo com o defeito na asa, provavelmente, o acidente não teria acontecido se herbert tivesse sido mais prudente. falo isso principalmente por ter perdido um amigo paraquedista em situação e condições análogas

  2. Uma enorme tristeza seguido de uma superação incrível, apesar da dor, por parte deste músico, cuja banda sou fã, e só há pouco vim saber que ele é meu conterrâneo, filho de João Pessoa “Jampa”, capital de meu Estado. Força Herbert e Paralamas!

  3. Quando escutei a noticia pelo rádio (era uma FM de rock, 89, ou Brasil2000) logo pensei, ”já era”. Fiquei surpreso que o cara conseguiu retomar a consciência e a carreira. Isso mostra, além da sorte, a força mental e fisica do artista. Lamento pela esposa de Herbert não ter tido a mesma sorte. Afinal, era a mãe de seus filhos, tem um peso extra.

    ”Voar” é algo muito arriscado. O mundo da musica já perdeu Randy Rhoads em acidente de avião, Steve Ray Vaugham de helicóptero, membros do Lynyrd Skynyrd, os Mamonas Assassinas em março/1996.
    E o chamado ”The day the music died”, que virou tema de musica do Don McLean, quando um acidente com um monomotor Bonanza vitimou de uma só vez, Buddy Holly, The Big Bopper, Ritchie Valens e o piloto, no ano 1958 —este foi, de acordo com alguns historiadores, um dos acontecimentos que ”finalizaram” a era clássica do rock n’ roll da década 50s.

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