Lançado em 1976, o primeiro álbum do Boston é uma das melhores estreias da história da música. Com uma tracklist rigorosamente sem pontos fracos, o trabalho homônimo vendeu mais de 25 milhões de cópias até hoje e se tornou referência para o que viria a ser conhecido como AOR.
Porém, nem todo o sucesso garantiu que o grupo obtivesse respeito de seus pares. Ao menos é como o guitarrista, compositor e produtor Tom Scholz vê a situação e deixou claro em matéria da Rock Candy Magazine (via Ultimate Classic Rock).
Inicialmente, o músico contou como não se encaixava em cenas e não se adequava ao estereótipo do roqueiro padrão.
“Sempre fui um outsider. Não fazia parte de uma cena, não fazia parte da turma que gravava ou tocava em Los Angeles ou Nova York. Também não integrava o grupo ligado na cultura das drogas, não sabia nada sobre isso. Não estava nas festas, não fiz nenhuma dessas coisas.”
Em sua visão, isso fez com que muita gente se incomodasse com o sucesso do Boston.
“Eu era como um enigma que saiu do nada e realmente irritou as pessoas. Há muitas pessoas que até hoje se ressentem totalmente de mim e da música do Boston. Eles nunca vão entender o que aconteceu naquela música ou o que estava por trás dela, ou, uma vez que se tornou um sucesso, o que eu pretendia fazer com ela. Essa parte não foi agradável.”
Boston e Tom Scholz
Quase tudo no disco de estreia do Boston foi gravado por Tom Scholz, exceção à bateria e os vocais principais – além de alguns overdubs de baixo e guitarra em duas músicas, feitos por Fran Sheehan e Barry Goudreau, respectivamente.
Ele também assinou sozinho a composição de seis das oito faixas. As exceções são “Smokin’”, parceria com o cantor Brad Delp e “Let Me Take You Home Tonight”, que o vocalista criou solitariamente.
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