Tom Morello é um dos guitarristas mais bem-sucedidos e prolíficos das últimas décadas. Conquistou grande sucesso com Rage Against the Machine e Audioslave e influenciou gerações seguintes de músicos.
Porém, ele enfrentou muitos desafios em seu caminho para o topo. Os principais obstáculos estão relacionados ao preconceito racial de alguns grupos da comunidade do rock.
Em entrevista ao NME, ele refletiu:
“Há uma grande parcela do público que fica chocada e chateada quando me ouvem falar sobre autoidentificação como negro. Ficam a um passo de se sentirem ofendidos.
Mas eu sou queniano, cara, o genuíno negro da África. Nem sempre é um preconceito malicioso, só que existe e está enraizado no DNA do Rock, apesar de ter sido inventado pelos negros. Não sei se as coisas melhoraram nos últimos anos, mas definitivamente havia uma barreira.”
Tom Morello e os estereótipos
Morello também falou sobre a luta para não ser estereotipado como um jovem guitarrista negro em particular.
“Eu costumava repudiar publicamente Jimi Hendrix porque, em cada show que fiz quando jovem, alguém na plateia gritava: ‘toque Foxy Lady!’. Ou: ‘toque com os dentes’. Essa era a suposição, porque havia apenas uma indicação do que um guitarrista negro poderia ser. Tive que me distanciar disso para ser o músico que queria ser. Felizmente, não é mais necessário agir dessa forma.”
Ao longo de 2021, Tom Morello lançou dois álbuns solo: “The Atlas Underground Fire” e “The Atlas Underground Flood”. Os trabalhos reuniram convidados como Bruce Springsteen, Eddie Vedder, Alex Lifeson, Kirk Hammett, Ben Harper, Bring Me The Horizon, Chris Stapleton, entre vários outros.