O álbum homônimo do Metallica, também conhecido como “Black Album”, destruiu uma série de barreiras dentro da banda e do próprio gênero em que se encaixa. Por conta disso, até hoje se trata de um disco um tanto quanto questionado, especialmente no círculo de fãs adeptos do lado mais radical do estilo ao qual o grupo faz alusão no próprio nome.
Para completar o cenário, um desses metalheads incondicionais fazia parte da formação que registrou o trabalho. Em entrevista à Metal Hammer, o baixista Jason Newsted confessou ter lutado contra os próprios instintos em vários momentos das gravações.
“Travei um dilema pessoal com ‘Nothing Else Matters’. Sabia que era uma música capaz de me causar arrepios, era inegável. Mas eu estava meio assustado, para ser honesto, porque eu ainda queria ‘CRUNCH!’. Mesma coisa com ‘Enter Sandman’, que eu achava meio brega. A coisa bonita foi que todos nós sentamos na sala juntos e tocamos 70 takes de ‘Nothing Else Matters’. Depois de um tempo, você vai entendendo e se acostumando.”
O fato é que a balada fugia do contexto da banda, não apenas em termos sonoros, mas líricos. Porém – e até por causa disso –, ela se tornou uma porta de entrada para muitas pessoas, como o próprio Jason admite.
“Nossa música mais suave derrubou as maiores paredes para permitir que nossas músicas mais pesadas penetrassem no mundo. Chegou ao número 1 em 35 países em uma semana, sendo que sete desses ainda não tínhamos ido. Cara, isso não acontece com uma banda que diz ‘Die! Die!’ a maior parte do tempo.”
Metallica e o “Black Album”
Lançado em 12 de agosto de 1991, o “Black Album” mostrava a banda explorando novas sonoridades, dando início à parceria com o produtor Bob Rock. Pela primeira vez os músicos usaram três tipos de afinações diferentes: a tradicional em mi, mi bemol e ré.
A atmosfera mais dark e reflexiva das músicas não era apenas uma mudança de abordagem superficial. Além do amadurecimento natural que a idade traz, três dos quatro integrantes passaram por divórcios no período – James Hetfield era a exceção.
Ao contrário do que faziam até então, Hetfield e Lars Ulrich incluíram Kirk Hammett e Jason Newsted no processo de desenvolvimento das canções, visando dar um clima mais próximo do que faziam ao vivo.
O álbum “Metallica” vendeu até hoje cerca de 31 milhões de cópias em todo o mundo, sendo o disco mais comercializado das últimas três décadas em qualquer gênero musical.
A saída de Jason Newsted
Jason Newsted deixou o Metallica em 2001. Com o passar dos anos, subiu ao palco novamente com os antigos colegas durante os shows de 30 anos e na indução ao Rock and Roll Hall of Fame. Também participou ativamente da divulgação do box comemorativo de 30 anos do disco em questão.
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Acredito que o grande destaque para o Black album foi Jason detonando nos shows, era o cara que mais vibrava em todos os sentidos!!!! O timbre da bateria foi outra coisa em que me chamou a atenção!!!! Bons tempos de antigamente!!!! valeu!!!!