Primeiras críticas de “Elvis” exaltam Austin Butler e detonam Tom Hanks

Representação do coronel Tom Parker, empresário do rei do rock, parece ser o grande ponto baixo da cinebiografia dirigida por Baz Luhrmann

A cinebiografia “Elvis” foi exibida no festival de Cannes na última quarta-feira (25). O filme que aborda a vida de Elvis Presley sob a ótica de seu empresário, coronel Tom Parker, agradou de forma geral, mas não foi unanimidade.

O grande destaque, segundo quem assistiu, fica por conta da interpretação de Austin Butler no papel do rei do rock, especialmente em seus últimos anos de vida. Já o trabalho de Tom Hanks como Parker foi visto como o o destaque negativo.

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O comentário geral dos jornalistas que acompanharam a estreia em Cannes é de que Butler conseguiu entregar uma boa versão de Elvis Presley, mesmo com o ritmo acelerado em que a história é contada pelo diretor Baz Luhrmann. Sites como o Deadline apontam que o longa oferece “um relato quase de Wikipédia” da vida do músico, o que não afeta a performance de Austin, mas pode comprometer um pouco da experiência.

Tom Hanks, ator de carreira sólida e tantas vezes elogiado, foi quem comprometeu o resultado final. O papel em si não ajudava: Tom Parker é uma das figuras mais criticadas ligadas a Elvis, gerando estranheza o fato de a trama ser apresentada sob seu ponto de vista.

Contudo, detalhes referentes à produção em si e ao trabalho de Hanks aumentaram a dose de críticas. Veículos apontaram que o ator estava com aparência caricata devido a próteses no rosto e um sotaque estranho.

David Ehrlich, do IndieWire, o classificou como “possivelmente o personagem de filme mais insuportável já concebido”. Por sua vez, David Rooney, do The Hollywood Reporter, descreveu a performance como “indiscutivelmente a menos atraente da carreira” do ator.

Apesar dos tropeços específicos, “Elvis” agradou a crítica pelas interpretações no geral e trabalho visual. Ao fim de sua exibição inaugural em Cannes, foi ovacionado. Críticas podem ser lidas (em inglês) por meio do site Metacritic.

“Elvis”, o novo filme sobre Elvis Presley

A produção da cinebiografia de Elvis Presley começou em 2014, mas as filmagens só tiveram início em 2019, após uma longa seleção de elenco. Para o papel do lendário cantor falecido em 1977, foram considerados nomes como o cantor Harry Styles, além de Miles Teller (“Top Gun: Maverick”) e Aaron Taylor-Johnson (o Mercúrio do Universo Cinematográfico Marvel), mas Austin Butler (“Era uma vez em… Hollywood”) ficou com o trabalho.

Tom Hanks (“Um lindo dia na vizinhança”, “Forrest Gump – O contador de histórias”) foi o primeiro confirmado e logo que as gravações começaram, o ator e sua esposa foram algumas das primeiras celebridades a contraírem covid-19, ainda no início da pandemia. Isso também colaborou para um atraso na produção, mas o filme já tem estreia programada: “Elvis” chega aos cinemas brasileiros em 14 de julho deste ano, após exibição no exterior.

O elenco conta ainda com os seguintes nomes:

  • Olivia DeJonge (“Stray Dolls”) como Priscilla Presley, esposa de Elvis;
  • Helen Thomson (séries “Top of the Lake” e “Rake”) interpreta a mãe de Elvis, Gladys;
  • Richard Roxburgh (“Moulin Rouge!”, “Uma Razão para Viver”, “Até o Último Homem”) retrata o pai de Elvis, Vernon;
  • Luke Bracey (“Até o Último Homem”, “Caçadores de Emoção: Além do Limite”) como Jerry Schilling;
  • Natasha Bassett (“Ave, César!”), como Dixie Locke;
  • David Wenham (a trilogia “O Senhor dos Anéis”, “Lion – Uma Jornada para Casa”, “300”), como Hank Snow;
  • Kelvin Harrison Jr. (“Os 7 de Chicago”, “A Batida Perfeita”) no papel de B.B. King;
  • Xavier Samuel (“Amor sem Pecado”, A Saga Crepúsculo: Eclipse”) como Scotty Moore;
  • Kodi Smit-McPhee (“Ataque dos Cães”) como Jimmie Rodgers Snow.

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André Luiz Fernandes
André Luiz Fernandes
André Luiz Fernandes é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). Interessado em música desde a infância, teve um blog sobre discos de hard rock/metal antes da graduação e é considerado o melhor baixista do prédio onde mora. Tem passagens por Ei Nerd e Estadão.

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