A Milan Records lança dia 22 de julho, em CD e LP a trilha sonora de “Clark”, série lançada recentemente na Netflix. O trabalho foi composto por Mikael Akerfeldt, vocalista e guitarrista do Opeth. A versão digital já está nos aplicativos de streaming. São 34 faixas – incluindo a de número zero –, 4 delas contando com vocais.
Ouça a seguir, via Spotify.
Sem seguir um segmento específico, a trilha conta com influências de vários estilos musicais, com ênfase nos anos 1960 e 70. Há espaço para rock progressivo, psicodélico, heavy metal, jazz, pop, tango, funk e influências árabes. Em comunicado à imprensa, Akerfeldt falou sobre o sentimento após ter finalizado as gravações.
“Escrever a música para ‘Clark’ foi uma das coisas mais gratificantes que fiz musicalmente. Desafiador, mas muito divertido. Eu queria fazer um bom trabalho, é claro, oferecer algo que se encaixasse com a história bizarra de Clark Olofsson. Bastou terminar a primeira para perceber que era o caminho certo. O feedback imediato de Jonas Åkerlund foi quase excessivamente positivo, então eu apenas segui em frente.
Durante a pandemia, escrevi bastante para este projeto, mas gosto de pensar que não me afastei muito do ‘som original’. A trilha sonora finalizada é uma mistura de estilos musicais. Alguns eu conhecia, outros eram novos para mim. O álbum não faz nenhum sentido musical e esse é, basicamente, o propósito. Escrever música para retratar a história multifacetada de um homem como Clark Olofsson estava destinado a gerar algum tipo de insanidade. Está em todo o lugar. Curiosamente, também é o meu gosto pessoal.
Mesmo que muitos considerem Clark ‘um homem louco’, isso realmente me ajudou no meu trabalho. Sem limites (vamos ultrapassá-los). Sem regras (vamos quebrá-los). Vale tudo.”
Sobre “Clark”
Já disponível na Netflix, “Clark” conta a história de Clark Olofsson, o famoso gângster que se envolveu no assalto a banco com reféns que gerou a expressão “Síndrome de Estocolmo”. Apesar do envolvimento com o crime, sua figura rebelde e controversa desencadeou admiração e respeito à época.
A série é dirigida por Jonas Akerlund, conceituado diretor que possui uma história íntima com o rock/metal, tendo sido músico do Bathory, dirigido videoclipes e outras produções em vídeos de bandas, além do filme “Lords of Chaos”, recontando a história da cena black metal norueguesa e suas polêmicas.
Em entrevista à última edição da revista Metal Hammer, o cineasta falou sobre a figura do personagem principal da trama.
“Nos anos 70 e 80, Clark era um superstar. Todo mundo com mais de 40 anos na Suécia sabe quem ele é, mas as opiniões tendem a se dividir. Parecia uma estrela do rock e os adolescentes tinham pôsteres dele na parede. Mas os mais velhos lembram dele como o cara que colocava medo nas pessoas, que ninguém sabia onde iria aparecer. Clark roubou um banco com uma garrafa de Coca-Cola! Fingiu que era uma arma e entrou gritando: ‘Sou Clark Olofsson, todo mundo sabe o que está acontecendo agora!’ E as pessoas obedeceram. Isso é o quão famoso ele era.”
Outra ligação com o estilo está na participação de Tobias Forge. O líder do Ghost faz uma ponta no sexto capítulo, quando está tocando violino em uma festa e acaba agredido por Clark e seus comparsas.
Mikael Akerfeldt – “Clark (Soundtrack from the Netflix Series)”
- Libertine Theme
- Tango Bizarre
- Druglord Panic
- Rockefellers
- Vintage Modern
- Wish You Were There
- The Weak Heart
- Happiness
- Ode To Confusion In A Minor
- La Shay’ Jadid Taht Alshams
- The Real Me
- Here’s That Sunny Day
- Perfect Horizon
- Sea Slumber
- Then
- The Hunted Are In The Clear
- Northern Hemispheres
- Ordinary Folks
- Distant Spring
- Funky Chicken
- Code To The Vault
- Two Mermaids
- Rags to Riches
- Sunrise
- Red & White
- Headfirst Into The Storm
- Ballad Of The Libertine in G Minor
- Lost In San Marino *
- Rhodes Rat
- Måndag I Stockholm *
- Mother Of One
- Vielleicht Später *
- Battle For Love *
- Night Life
- * = com vocais
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