As fases da carreira do Dokken são muito bem definidas – e nem todos os fãs gostam de todas elas. O período clássico durante a década de 1980 certamente é o mais reconhecido e querido, enquanto que os trabalhos feitos a partir dos anos 1990, quando o grupo retornou à atividade, trouxeram reações variadas devido às suas propostas mais experimentais.
O vocalista Don Dokken conversou com o jornalista Marcelo Vieira, colaborador de IgorMiranda.com.br, a respeito desses álbuns feitos após os anos de ouro do grupo. Ao ser perguntado sobre qual é o seu disco favorito entre os feitos no período citado, o cantor não só respondeu de primeira, como também revelou detalhes interessantes sobre sua escolha:
“’Dysfunctional’ (1995). Era para ter sido o meu segundo disco solo, logo após o ‘Up from the Ashes’. É um disco que eu amo, apesar de soar bem diferente, com seus violinos e cítaras. Na verdade, eu estava tentando expandir os horizontes como os Beatles fizeram.”
Se o álbum de 1995 – que marcou o retorno do Dokken após um hiato de 4 anos – agradou ao chefe, o mesmo não se pode dizer de seu sucessor, “Shadowlife” (1997). Durante a entrevista, Don não escondeu seu desgosto com relação ao disco, o último da banda com o guitarrista George Lynch.
“Odeio (o ‘Shadowlife’)! Tudo que fiz nele foi escrever as letras. George e Jeff (Pilson, baixista) compuseram basicamente tudo sem dar a mínima para a identidade da banda. Quando ouvi as músicas, perguntei: ‘Que p#rra é essa? Isso não é Dokken! Isso é uma merda!’
Tem umas duas músicas lá que se salvam, mas é f#da quando o George vicia em algo e quer soar como aquilo. Na época, ele estava viciado em Korn e Monster Magnet e queria ir nessa direção. Eu dizia: ‘Isso não é Dokken!’. Você é aquilo que é. Era como se o Bon Jovi tentasse gravar um disco de thrash metal.”
Dokken volta aos trilhos com “Erase the Slate”
Já o álbum seguinte deixou Don Dokken muito mais satisfeito. “Erase the Slate” (1999) foi o primeiro e único com o guitarrista Reb Beach (Winger, Whitesnake), além de ser o primeiro sem George Lynch.
Nas palavras do vocalista, Beach “era sangue novo, deu um gás na banda”.
“Amo esse disco. Curiosamente, levamos apenas um mês para compor todas as músicas. Nos reunimos no meu estúdio na praia e cada um apresentou suas ideias. Todo o processo, inclusive de gravação, foi bem rápido, e o resultado foi um ótimo disco.”
A entrevista completa com Marcelo Vieira pode ser lida clicando aqui.
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