Em 25 de abril de 1972, a Plastic Ono Band, de John Lennon e Yoko Ono, lançou o single “Woman is the N****r of the World”. A canção faz parte do álbum “Some Time in New York City”, que reúne registros ao vivo e em estúdio.
Obviamente, o título causou muita controvérsia à época. O termo “n****r” é um dos mais ofensivos da língua inglesa. A palavra é um insulto direcionado a pessoas de cor da pele preta e nos dias de hoje é suficiente para colocar um racista na cadeia, transformando o mundo em um lugar melhor.
A Billboard classificou a gravação como “a mais polêmica do ano”. DJs de rádio, seja por medo de represálias ou discordâncias com a expressão, boicotaram a execução. Uma matéria do Los Angeles Times à época indicava que apenas duas de 300 estações que receberam o promo o colocaram na programação.
Obviamente, John Lennon se valeu de seu instinto provocador para levantar uma discussão. Em entrevista ao LA Times (via Ultimate Classic Rock), o Beatle declarou que estava tentando fazer um manifesto pró-feminismo, declarando que as mulheres eram realmente os membros mais explorados da sociedade.
“Concordo que muitas pessoas são escravizadas no mundo. Mas cada homem tem seu próprio escravo em casa e geralmente é a esposa.”
Vale citar que a ideia para o título veio de Yoko Ono, que cunhou a frase durante entrevista de 1969 à revista Nova. Ouça a faixa a seguir.
John Lennon, Yoko Ono e “Woman is the N****r of the World”
“Woman is the N****r of the World” chegou ao 57º lugar no Billboard Hot 100. Foi a pior colocação de um single de Lennon na parada americana enquanto ainda vivo. Por outro lado, John e Yoko foram homenageados pela organização feminista National Organization for Women (NOW), que exaltou o conteúdo da música.
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