O Porcupine Tree lançou nesta sexta-feira (24) seu primeiro álbum em 13 anos. “Closure/Continuation” marca a retomada da banda de rock progressivo formada por Steven Wilson (voz, guitarra e baixo), Richard Barbieri (teclados) e Gavin Harrison (bateria), que havia anunciado o encerramento de suas atividades em 2010.
Desde a divulgação do trabalho de inéditas anterior, “The Incident” (2009), os músicos se envolveram em outros projetos. O destaque esteve na carreira solo bem-sucedida de Steven Wilson, que também produziu, remasterizou e remixou discos de bandas como Jethro Tull, Black Sabbath, Yes e Opeth, entre outros.
Em nota oficial, o trio declarou que a possibilidade de um retorno sempre esteve em pauta.
“‘Harridan’ e algumas das outras novas canções vinham sendo preparadas desde logo após o lançamento de The Incident. Inicialmente, elas viviam no disco rígido em um arquivo de computador que crescia lentamente marcado como PT2012, mais tarde renomeado como PT2015, PT2018 e assim por diante. Houve momentos em que até esquecíamos que estavam lá. Em outros nos sentíamos incitados a terminá-las para ver onde nos levariam.
Ouvindo as peças finalizadas, ficou claro que não era como nenhum de nossos trabalhos fora da banda – o DNA combinado das pessoas por trás da música significava que essas faixas estavam formando o que era inegável, inconfundível, obviamente um disco do Porcupine Tree.”
Em entrevista ao site Super Deluxe Edition, Wilson revelou ter incentivado seus companheiros a contribuir no processo, o que não ocorria tanto nos trabalhos passados.
“Eu disse a eles: ‘se vamos fazer um disco do Porcupine Tree, quero que vocês também componham’. Já tenho um número considerável de discos na minha trajetória solo. Então, meu ponto de vista era, qual é o sentido de eu escrever um novo disco do Porcupine Tree por conta própria, levá-lo e apresentá-lo como historicamente era o caso, só para dizer: ‘ei, pessoal, eu compus o novo álbum’. Qual seria o ponto disso? Poderia fazer isso como um disco solo. Então, para mim, foi tipo, se vamos fazer isso, vamos mudar as coisas. Vamos realmente escrever isso como um coletivo.”
Em seguida, ele destacou:
“Embora a maioria das músicas tenham sido escritas em forma de dupla, eu com Gavin ou eu com Richard, o ponto é que sempre houve um processo colaborativo desde o momento de instigação de uma nova música. Então eu não diria que estabeleci a lei, mas fiz disso um dos princípios em termos de um novo disco. E é claro que eles adoraram isso. De certa forma, ficaram frustrados por não ter sido o caso no passado. Mas isso remonta ao ponto anterior, sobre esse momento em que não senti mais a necessidade de controlar tudo. Foi um alívio para mim e tenho certeza que para eles também.”
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Mês passado, o Porcupine Tree confirmou o guitarrista Randy McStine (McStine & Minnemann, LO-FI Resistance) e o baixista Nate Navarro (Devin Townsend) para a formação da turnê de reunião. Os shows acontecem a partir do início de setembro. Já há uma data na América do Sul: 7 de outubro em Santiago, Chile.
Ouça “Closure/Continuation” a seguir, via Spotify, ou clique aqui para conferir em outras plataformas digitais.
O single está na playlist de lançamentos do site, atualizada semanalmente com as melhores novidades do rock e metal. Siga e dê o play!
Porcupine Tree – “Closure/Continuation”
- Harridan
- Of the New Day
- Rats Return
- Dignity
- Herd Culling
- Walk the Plank
- Chimera’s Wreck
- Population Three
- Never Have
- Love in the Past Tense
* Texto por Igor Miranda e João Renato Alves.
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Achei o álbum bem correto. Uma despedida decente, mas nada absurdo. Fiquei um pouco desapontado com a falta de originalidade e a falta de risco em um último álbum. Estava esperando alguma coisa tipo um Cover ou mesmo um som fora da zona de conforto. Harridan, Of The New Day e Chimera’s Wreck são as melhores. Harridan consegue ser pesada, progressiva, linhas de baixo bem colocadas. Of The New Day desperta uma melancolia automática da infância e de tempos passados à lá Trains ou os trabalhos solos do Wilson, ou ainda, no Blackfield, a música From 44 to 48. Chimera’s Wreck parece uma mistura de Opeth e Iron Maiden. A transição é uma perfeita música de Heavy Metal Prog. No geral, a produção está boa, o baixo está bem bom. A voz de Wilson continua boa. Senti falta de um pouco de solo, Steven Wilson solo bem pra caramba e as linhas da bateria soam as vezes repetitivas. Da mesma forma que os teclados e sintetizadores. Tirando Harridan, a grande maioria das músicas não apresenta um peso (que eu estava esperando), não necessariamente ser pesado de guitarras e coisas assim, mas de ser mais marcante. Tipo… vocês querem uma voadora no peito tomem aqui 3 músicas, vocês querem melodia tomem aqui mais 2, psicodelia mais 2, Prog estilo Rush ou Caligula’s Horse mais 3. A pior música é Walk the Plank que parece ser uma música ruim do Depeche Mode. Population Three faixa instrumental bem ok. Never Have um bom baixo que nos lembra Steve Harris e Rush, mas ok. Love in the Past Tense apresenta alguns elementos acústicos bem ok. E é isso. Um adeus razoável. Acho que preferiria escutar esse álbum mais vezes que revisitar o Fear Of A Blank Planet que soa um pouco juvenil (e não tão inspirado. Creio que o The Incident é melhor que o C/C batendo algo perto de 8.7. Daria uma nota final para o álbum em questão Closure Continuation um 8.3.