O Rage Against the Machine confirmou a doação de US$ 475 mil (cerca de R$ 2,4 milhões) da bilheteria de sua turnê atual para ONGs que apoiam direitos reprodutivos. A decisão vem após a revogação a nível federal da lei que legalizava o aborto nos Estados Unidos, anteriormente em vigor desde 1973. Agora, cada estado poderá decidir suas próprias leis sobre o tema. A banda foi uma das muitas a se manifestar contra o resultado, divulgado na última sexta-feira (24).
Em comunicado oficial, o grupo reiterou sua posição contrária à decisão da Suprema Corte americana. As entidades ajudadas pelos músicos ficam localizadas nos estados americanos de Wisconsin e Illinois.
“Estamos enojados pela derrubada de Roe Vs. Wade e o impacto devastador que isso vai ter em dezenas de milhões de pessoas. Mais da metade do país (26 estados) está inclinada a banir ou restringir seriamente o aborto muito em breve, se não imediatamente, o que terá um impacto desproporcional nos pobres, na classe trabalhadora e nas comunidades BIPOC (sigla que significa “black, indigenous and people of color”) não documentadas.
Até agora, nossos fãs levantaram US$ 475 mil pela venda de nossos ingressos de caridade em Alpine Valley e no United Center. Nós estamos doando esse dinheiro para organizações de direitos reprodutivos em Wisconsin e Illinois. Como as muitas mulheres que organizaram sofisticados meios de resistência para desafiar esses ataques à nossa liberdade reprodutiva coletiva, precisamos continuar a resistir.”
Veja o post original da banda no Instagram.
Anteriormente, a banda já havia se manifestado sobre o assunto. Também pelas redes sociais, um comunicado dizia:
“RAGE AGAINST THE MACHINE apoia a justiça reprodutiva e continuará lutando contra qualquer tentativa de restringir ou controlar as liberdades reprodutivas. Criminalizar o acesso ao aborto só aumentará o sofrimento desproporcionalmente sentido pelas comunidades pobres, BIPOC (sigla que significa “black, indigenous and people of color”) e indocumentadas.
A constante guinada para a direita dos dois principais partidos deve nos alarmar a todos – um alerta de que precisamos desesperadamente organizar o poder popular radical contra um estado de guerra que continua seu ataque à vida das pessoas.”
Aborto nos Estados Unidos
O caso Roe Vs. Wade ocorreu em 1973 e passou a valer como entendimento de que o direito ao respeito à vida privada garantido pela Constituição se aplicava ao aborto.
De acordo com o G1, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, criticou a decisão da Suprema Corte, que chamou de “ideologia extremista”. Biden defendeu que o direito ao aborto seja transformado em lei, disse que fará tudo o que estiver a seu alcance para “proteger a saúde das mulheres” e pediu protestos pacíficos.
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