No início dos anos 2000, havia uma divisão clara na cena heavy metal nacional entre os fãs e apoiadores do então recém-formado Shaman e a formação “Nova Era” do Angra. Edu Falaschi, que na época era um estreante na segunda banda citada, relembrou o período e falou de conversas posteriores que teve com seu antecessor no grupo e responsável pelo outro projeto, o saudoso Andre Matos.
O assunto foi abordado em entrevista ao podcast “Fala Ordinário”. Sem colocar panos quentes, o cantor admitiu que havia uma guerra aberta movida pela mágoa sentida pelos guitarristas Kiko Loureiro e Rafael Bittencourt com relação aos ex-companheiros Matos, Luis Mariutti (baixo) e Ricardo Confessori (bateria), que saíram do Angra para formar o Shaman.
Conforme transcrito por IgorMiranda.com.br, o artista aponta que o sentimento negativo era, obviamente, recíproco.
“Era uma guerra. Podem falar o que quiser de união, mas união é o c#ralho. Era uma guerra do c#ralho, o que é uma besteira, pois na Europa tem 200 bandas e todo mundo trabalha. […] O brasileiro tem esse lance do monopólio, não sei o porquê. […] É uma pena.”
Como alguém que já está mais velho e consciente de seus acertos e erros no passado, Falaschi sente-se arrependido por toda a situação.
“Eu me arrependo, pois meio que abracei a dor do Kiko e do Rafael, que estavam no Angra. Rolava uma mágoa, os caras ficaram sem se falar por anos. Nunca fui agressivo, nunca desrespeitei ninguém, mas tomava um lado. É coisa de moleque. A gente vai aprendendo.”
Edu Falaschi e Andre Matos
Hoje em carreira solo, Edu Falaschi comentou também sobre um encontro que teve com Andre Matos às vésperas do Rock in Rio 2013. Aquele foi o último show de Edu com a banda em seus últimos dias com a banda. Felizmente, Falaschi conseguiu esclarecer as coisas com o Maestro, que faleceu em 2019, e os dois seguiram em bons termos.
“As vezes que estive com o Andre… não foram muitas vezes, mas sempre foi muito legal, respeitoso. No Rock in Rio, fomos para fazer um comercial e conversamos muito sobre todas essas rixas. Ele falou: ‘fiquei chateado com uma entrevista tal’. Eu falei: ‘mas é f#da, porque você também falou algumas coisas’. Foi um papo muito legal, porque não teve mimimi, não teve barreira.”
Em dado momento da conversa, o sucessor de Andre Matos no Angra reconheceu os méritos do trabalho do colega.
“No fim das contas, falamos para esquecer tudo isso. Falei que não tenho nada a ver com a história dele no Angra. Entrei de gaiato. Disse que ele é um cara f#da, um cara que abriu portas inclusive com o Viper no Japão. Foi o motor para que tudo acontecesse. E falei que eu só estive no Angra por causa dele, que o Angra só existiu porque ele se juntou com o Rafael.”
Atualmente, Edu Falaschi está em uma turnê que celebra os 20 anos de “Rebirth”, seu primeiro álbum com o Angra, e promove “Vera Cruz”, seu trabalho solo mais recente. Uma apresentação em São Paulo, marcada para este domingo (21), será gravada para lançamento em DVD. Informações sobre datas e locais podem ser acessadas clicando aqui.
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Saudades do Andre Matos…o metal sem vc é isso aí!!!! Acredito que sempre vai ter essas rixas entre Edu e Angra, Sepultura e Max com os seus projetos e assim vai!!!! O certo era ter rixa entre o metal que sofre preconceito sobre determinados estilos de músicas no Brasil, onde ter corpo e Bund…é o que prevalece e manda na cultura brasileira, sem contar os refrões melosos que o sertanejo universitário sempre repete em suas músicas e assim cativando mentes fracas ou hipnotizado-as a sempre ouvir e consumir aquilo!!!!! Valeu!!!!