Mais conhecido por participar do Sexteto do Jô, o músico Derico Sciotti participou do NapaCast e fez uma revelação sobre um de seus ídolos, Ian Anderson. Tudo começou quando o Jethro Tull foi fazer uma participação no talk show de Jô Soares.
Conforme transcrição do Whiplash.Net, o artista brasileiro contou:
“Eu, como flautista, tinha uma reverência a um cara que eu ouvi durante muito tempo e que é uma referência de como eu toco flauta, que é o Ian Anderson, flautista do Jethro Tull. Eles foram lá e eu fui conversar com o cara. A filha dele também toca, mas a diferença é que ela estudou, ele não. E ele fala pra mim: ‘Minha filha falou que eu toco tudo errado’, e eu dizia que não, imagina! Até que ele me mostrou como fazia e eu me vi obrigado a concordar.”
Mesmo assim, o momento deixou uma lição a Derico.
“Aí é que está a graça do negócio: o som que ele tira da flauta só acontece quando ele toca errado, as posições e tudo mais. Mas é uma linguagem. E eu tenho esta linguagem! Então pra mim foi simbólico ter falado e ter tocado com ele, que é uma referência pra mim até hoje. Isto foi uma coisa muito interessante do lado da música.”
Falta de técnica reconhecida
O próprio Ian Anderson falou sobre o assunto em 2013, durante entrevista a Ken Bruce (transcrita pelo Something Else Reviews).
“Fui um grande sucesso como flautista tocando de forma totalmente errada. Descobri, quando minha filha estava aprendendo a tocar flauta na escola. Ela estava usando um dedilhado diferente para algumas das notas. Eu disse a ela: ‘Isso está errado; deveria ser assim.’ Ela respondeu: ‘Não, não é; olha, está no livro!’ Eu tive que chegar à enervante conclusão de que ela estava certa, os livros estavam certos e eu estava vergonhosamente errado.”
Sobre Ian Anderson
Nascido em Dunfermline, Escócia, Ian Scott Anderson começou a se interessar por música graças aos discos de jazz e big bands do pai, além da primeira geração do rock and roll.
Destacou-se como vocalista e multi-instrumentista no Jethro Tull. A banda vendeu mais de 60 milhões de discos em todo o mundo, fundindo influências prog, folk e de hard rock em sua sonoridade.
Também deu início a uma carreira solo nos anos 1980. Recentemente, os dois grupos se tornaram um só, levando o nome do conjunto.
Produziu e participou de discos do Steelye Span, Renaissance, Blackmore’s Night, Honeymoon Suite, The Darkness, Uriah Heep, James Taylor e Billy Sherwood, entre outros.
Nos últimos foi nomeado membro da Ordem do Império Britânico e Doutor Honorário em Letras pela Universidade de Abertay, em reconhecimento às contribuições à cultura local.
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