A história de Bruce Kulick com o Kiss remete a um período onde a banda lutava para se adaptar à realidade do mercado. Não foram poucos os movimentos visando se encaixar, tanto musicalmente quanto visualmente. Porém, embora tardiamente, o reconhecimento veio, como o guitarrista revelou ao Vinyl Writer Music.
A constatação veio quando o músico falou sobre as dificuldades que encontrou ao tentar emplacar o Union, grupo que fundou junto de John Corabi, que à época também havia saído recentemente de outro gigante do hard rock, o Mötley Crüe.
“Éramos dois caras de bandas conhecidas, mas que não viviam momentos favoráveis. O Mötley Crüe finalmente se reuniu com Vince Neil e reconstruiu isso, enquanto o Kiss certamente fez algo incrivelmente grande ao voltar à maquiagem. E quando isso aconteceu, de certa forma reduziu a minha era a algo quase insignificante na história do grupo. Claro, o tempo tem sido muito gentil e agora meus anos são muito mais reverenciados e respeitados. Mas quando lançamos o Union, não significava muito.”
A própria situação do mercado não favorecia uma nova atração no estilo proposto, mesmo contando com nomes experientes.
“Fomos agrupados nessa categoria da velha guarda em uma época em que a nova guarda estava dominando, o que não nos deu qualquer chance. Se tivéssemos feito uma turnê com uma daquelas bandas à prova de balas, como Alice Cooper ou algo assim, talvez tivéssemos alguma exposição. Mas não conseguimos ganhar força e não nos ofereceram nenhuma turnê significativa como essa. E isso criou um caminho muito difícil de percorrer e, eventualmente, tornou impossível continuar.”
Sobre o Union
O Union lançou 2 discos de estúdio – “Union” (1998) e “The Blue Room” (2000) – e um ao vivo – “Live In the Galaxy” (1999). Além de Kulick e Corabi, a banda contava com o baixista Jamie Hunting e o baterista Brent Fitz, atual membro do Slash feat. Myles Kennedy & The Conspirators.
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