A bizarra entrevista em que Jeffrey Dahmer explica seus crimes

Serial killer teve sua história recontada na série "Dahmer: Um Canibal Americano", estrelada por Evan Peters e produzida pela Netflix

Com o sucesso – e as polêmicas – da série “Dahmer: Um Canibal Americano”, da Netflix, muito material da época dos crimes e da prisão de Jeffrey Dahmer está sendo redescoberto. Entre eles está uma bizarra entrevista concedida em 1993, seu segundo ano de prisão, onde o serial killer explica com naturalidade seus crimes e a motivação por trás deles.

A conversa foi gravada para o programa de TV Inside Edition, apresentado pela jornalista Nancy Glass, e está disponível no YouTube. Vestido com uniforme da prisão, Dahmer se mostra eloquente, com palavras bem colocadas, e demonstra bastante tranquilidade em relação ao assunto tenso que está em pauta: os 17 assassinatos que cometeu entre os anos de 1978 e 1991.

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Diagnosticado com transtorno de personalidade borderline, transtorno de personalidade esquizotípica e transtorno psicótico (ainda que tenha sido considerado são no julgamento que o condenou a 957 anos de prisão), o serial killer disse que conseguia ver os crimes de forma dessensibilizada e que era motivado não por raiva ou qualquer tipo de sentimento negativo. O objetivo de Dahmer ao matar, desmembrar e muitas vezes consumir partes dos corpos das vítimas era mantê-las com ele de certa forma, ter controle total sobre aquelas pessoas.

Conforme transcrição do The Tab, ele declarou:

“É um processo, isso não acontece da noite para o dia. Quando você despersonaliza outra pessoa e só a vê como um objeto, isso parece facilitar para fazer coisas que você não deveria fazer.”

Modus operandi

Jeffrey Dahmer contou que seu primeiro assassinato aconteceu em 1978, como realização de uma antiga fantasia, de se envolver com um mochileiro. A próxima morte viria só 9 anos depois, por “falta de oportunidade”. Ele conhecia suas vítimas em bares LGBTQIA+ e as convencia a ir até seu apartamento ou a um hotel, onde as drogava e matava.

“Uma vez eu trouxe esse cara para um hotel, só estava planejando drogá-lo e passar a noite com ele, não tinha intenção de machuca-lo. Quando eu acordei de manhã, aparentemente eu tinha espancado ele até a morte com meus punhos. Não tenho lembranças disso, mas foi o que começou toda a sequência (de mortes).”

Rituais de Jeffrey Dahmer

O assassino também comentou seus rituais, que envolviam sempre assistir ao filme “O Exorcista III” com suas vítimas, já que o longa o colocava no “humor correto” para matar. Ele também planejava criar uma espécie de altar ou santuário com partes dos corpos das vítimas, como uma homenagem. Dahmer ainda revelou que levou a cabeça de um homem para o trabalho uma vez.

Na ocasião da entrevista, ele admitiu que ainda sentia desejo de matar e que provavelmente estaria “na ativa” se não tivesse sido preso. Jeffrey Dahmer foi espancado até chegar a óbito, no ano seguinte, 1994, dentro da prisão.

O material pode ser assistido abaixo, em inglês e sem legendas.

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André Luiz Fernandes
André Luiz Fernandes
André Luiz Fernandes é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). Interessado em música desde a infância, teve um blog sobre discos de hard rock/metal antes da graduação e é considerado o melhor baixista do prédio onde mora. Tem passagens por Ei Nerd e Estadão.

1 COMENTÁRIO

  1. O ser humano é o próprio capeta, não existe essa coisa de um cara com dois chifres…essa é a verdade!!!! Prova disso são os políticos corruptos, um doido lá da Rússia querendo jogar bomba Nuclear e a bandidagem que existe em nosso país, coisa que diminuiria se houvesse leis mais rígidas e políticos competentes, já que para mudar as leis tem que ter algum politico interessado em muda-las!!!! Valeu!!!!

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