Durante a recente entrevista ao Music Radar, onde expôs suas frustrações em relação a “The End, So Far”, novo álbum do Slipknot, o guitarrista Jim Root resolveu fazer mais críticas que acabaram respingando em colegas de profissão. Tudo começou quando o músico foi questionado se as letras do disco foram afetadas pela situação atual do mundo.
“Tudo é tão bizarro que nem sei o que está acontecendo com o mundo agora. Eu não poderia nem te dizer o que está acontecendo com a cultura, porque ficamos preso por dois anos. Aí você sai e tudo está de cabeça para baixo. Realmente não entendo.”
Para Root, a postura rebelde de outrora se esvaiu.
“Eu achava que rock ‘n’ roll, punk, metal e todas essas coisas eram para ser anti-establishment e contra o homem. Agora parece cada vez mais que devemos obedecer. Isso me parece um retrocesso. Eu não sei se sou o único que se sente assim. Eu realmente não conversei com ninguém da banda sobre isso, porque estamos apenas tentando passar por essas turnês, pelos protocolos e pela Covid.”
Jim Root e Rage Against the Machine
Foi quando acabou sobrando para o Rage Against the Machine, com Jim Root usando um trecho da letra da música “Killing in the Name” como exemplo de suposta contradição com a postura atual da banda.
“Quando eu ouço uma banda que diz ‘F*da-se, eu não vou fazer o que você me diz’ me dizendo para fazer o que o governo me diz para fazer, isso me parece um retrocesso.”
O guitarrista conclui:
“Eu acho que as pessoas estão cansadas de conteúdo sociopolítico, porque você está simplesmente sendo martelado com isso, não importa se em um canal de notícias, um feed nas mídias sociais ou qualquer outra coisas. O que eu percebo quando fazemos shows é que as pessoas simplesmente não se importam mais com isso. Todos têm seus problemas, e coisas com as quais se preocupam e sempre se importarão. Mas na maioria das vezes as pessoas só querem sair, esquecer o mundo por um tempo e se divertir.”
Não fica muito claro se Jim estava se referindo a alguma postura pró-ciência do Rage Against the Machine ou posicionamento político. Um estudo da Organização Mundial da Saúde indicou que mais de 20 milhões de vidas foram salvas apenas no primeiro ano do ciclo de vacinação contra a Covid-19.
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