A relação entre os membros do Pink Floyd nunca foi muito fácil, especialmente entre o baixista Roger Waters e o guitarrista David Gilmour, que também dividiam os vocais. O tecladista Richard Wright, que chegou a se ausentar em alguns momentos, acredita que Waters cometia um erro grave em relação à sua visão para a banda – e isso foi o que o fez deixá-la em 1985.
O próprio Wright, falecido em 2008, saiu da banda durante as gravações de “The Wall” (1979), e retornou para colaborar em “A Momentary Lapse of Reason” (1987), como músico contratado. O único álbum em que ele não aparece é “The Final Cut” (1983), que também foi o último da banda com Waters.
Em entrevista de 1996, resgatada pelo site Rock Celebrities, o tecladista deu sua opinião sobre esse disco e comentou sobre a visão errônea de Roger com relação ao disco – e à banda.
“Eu não gostei, mas sabia que eu poderia estar sendo meio preconceituoso, considerando minha situação. Mas eu acho que se você perguntar para David ou Nick (Mason, baterista), eles também não acham que é um álbum muito bom.
A questão é que, durante ‘The Final Cut’, eles três tiveram grandes brigas, que culminaram na saída de Roger da banda. Ele tinha a crença errada de que ele era a banda, e é por isso que seu ego se partiu quando David, no fim das contas, decidiu seguir em frente sem ele.”
Pink Floyd sem Roger Waters
A visão de Richard Wright parece ser bem próxima da verdade, já que a relação ruim de David Gilmour e Roger Waters só piorou depois que o baixista saiu e a banda seguiu sem ele.
O músico é o único da formação clássica a nunca ter retornado para a banda, com exceção da única apresentação no Live 8, em 2005.
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