Em mais um trecho da biografia “The Lives of Brian”, publicado pelo Ultimate Classic Rock, Brian Johnson refletiu sobre o período em que ficou de fora do AC/DC. Afastado em 2016 por conta de problemas no ouvido, o vocalista cedeu lugar a Axl Rose, que finalizou a turnê do álbum “Rock or Bust”.
A despeito da desconfiança inicial, o cantor do Guns N’ Roses foi muito elogiado, tanto por sua performance quanto pelos resgates de músicas antigas ao setlist – algumas não tocadas ao vivo desde os tempos de Bon Scott. Porém, Brian só sabe do que ouviu falar.
“Disseram-me que ele fez um ótimo trabalho, mas eu não consegui assistir. Era como chegar em casa e ver um estranho sentado na sua cadeira favorita. Aquele foi o meu lugar por 35 anos.”
Por um lado, o frontman garante não ter sentimentos negativos para com o colega de microfone ou a banda.
“Não guardo mágoas. Era uma situação difícil. Angus e os caras fizeram o que sentiram ser o certo.”
Por outro, ele reconhece não ter sido nada fácil assimilar a então nova realidade.
“Após eles terem divulgado o comunicado dizendo que eu me afastaria e desejando sorte no meu futuro, não conseguia relaxar ou me concentrar em mais nada. Parte da dor que sentia era porque eu me culpava pelo que aconteceu. Passei a maior parte da vida na banda mais alta do mundo, voando constantemente, até quando não me sentia bem. As pessoas perguntavam se estava deprimido, mas depressão é tratável. O que sentia era mais próximo do desespero.”
AC/DC, Axl Rose e Brian Johnson
Após alguns tratamentos experimentais, Brian retornou ao AC/DC, tendo gravado o álbum mais recente, “Power Up”. A banda não realizou mais turnês até o momento.
“The Lives of Brian” já está à venda na versão em inglês. A publicação no Reino Unido é da editora Penguin Michael Joseph. Nos Estados Unidos a distribuição é da Dey Street Books.
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