Claudio Roberto, conhecido por sua parceria com Raul Seixas que rendeu hits como “Maluco Beleza”, “Cowboy Fora-da-Lei”, “Aluga-se” e o “Rock das Aranhas”, morreu no último sábado (29), aos 70 anos. De acordo com a revista Veja, ele sofreu complicações no pós-operatório de uma cirurgia no coração.
Apesar da parceria de Raul com Paulo Coelho ser a mais celebrada, Claudio Roberto tem a distinção de ter sido amigo do artista quase a vida inteira. Ele tinha 11 anos quando conheceu o roqueiro, que estava com 18 na mesma época.
Os dois começaram a trabalhar juntos em 1975. A parceria se solidificou em 1977, quando Coelho e Seixas se separaram. Ao contrário do agora autor de best-sellers, o carioca Roberto tinha um papel na composição de música além das letras, o que levou a ele e Raul criarem juntos todas as canções do disco “O dia em que a Terra parou”.
Ao todo, Raul e Claudio compuseram 30 músicas juntos até a morte do primeiro, em 1989. Claudio Roberto nunca trabalhou com outro artista além do amigo. Ele vivia uma vida discreta em um sítio em Miguel Pereira, interior do Rio de Janeiro.
Claudio Roberto e a morte de Raul Seixas
Em entrevista ao jornal O Globo, em 2014, o compositor relembrou como foi o período da morte do parceiro. Ele afirma ter cheirado cocaína por 45 dias seguidos após saber da notícia, além de ter passado dez anos sendo perturbado quase todas as noites por sonhos com Seixas.
“Quando eu acordava chorando, esticava uma carreira enorme, cheirava e ficava ali, parado, esperando aquela sensação ruim passar. Isso me fez muito mal. Não tanto pela agressão ao organismo, mas por eu ter passado muito tempo negando a morte dele, sem enfrentar isso. Hoje, não uso mais cocaína, mas naquela época usei para me esconder, e não por motivos lúdicos. Isso é uma coisa da qual me arrependo. O Raul levou com ele um pedaço meu que só existia enquanto ele era vivo.”
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