Por que Joe Lynn Turner ainda usa peruca ao cantar clássicos em shows

Vocalista diz que pretende distinguir fase atual da carreira com o material antigo por meio do visual

O vocalista Joe Lynn Turner resolveu ostentar seu visual real para a promoção do seu próximo álbum, “Belly of the Beast”, parceria com o músico e produtor sueco Peter Tägtgren (Hypocrisy, Pain, Lindemann). Com isso, após mais de 40 anos, o artista apareceu pela primeira vez em materiais promocionais sem a peruca que disfarçava a alopecia – problema com o qual convive desde a infância.

Em entrevista ao programa “Noize in the Attic”, da rádio WESU (transcrita pelo Blabbermouth), o cantor falou sobre como tem sido a experiência de libertação.

“Sofri muito bullying na infância. Adotei a peruca a partir de uns 14 anos, pois queria fazer parte do meio do rock, onde o cabelo é muito importante. Depois de muitos anos e o incentivo de pessoas próximas, decidi que era hora de atualizar o visual.”

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Porém, um fato curioso é que Turner ainda tem usado a peruca em shows onde canta seu material antigo. O frontman explica que é proposital.

“Quando canto as músicas antigas, uso o visual da época. Quando for a vez do material de ‘Belly of the Beast’, será com o atual. É show business, todo mundo adota uma fantasia, como diz o meu amigo Glenn Hughes. Somos todos atores em um palco, parafraseando Shakespeare. Kiss, Slipknot, Ghost… todo mundo faz algo do tipo.”

“Belly of the Beast” sai dia 28 de outubro, via Music Theories Recordings / Mascot Label Group. No Brasil, o trabalho terá distribuição via Hellion Records.

Sobre Joe Lynn Turner

Nascido em Hackensack, Nova Jersey, Estados Unidos, Joseph Arthur Mark Linquito despontou na banda Fandango, chamando a atenção de Ritchie Blackmore que o contratou para o Rainbow. Gravou três álbuns de estúdio que, apesar de contestados, obtiveram sucesso comercial moderado.

Em 1987 entrou na banda do guitarrista sueco Yngwie Malmsteen, registrando o disco “Odyssey” e o ao vivo “Trial By Fire”. Saiu após desentendimentos quanto a créditos nas composições.

Reencontrou-se com Blackmore ao assumir os vocais do Deep Purple. Cantou em “Slaves and Masters”, fez a turnê (que incluiu a primeira passagem da banda pelo Brasil) e se retirou para a volta de Ian Gillan.

Tem ao todo dez álbuns solo, sendo dois de regravações. Também participou de projetos como Sunstorm, Hughes Turner Project e Rated X, entre outros. Em anos recentes passou a morar no leste europeu. Foi nomeado Embaixador Cultural da Bulgária em 2015.

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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