A perda de um frontman é uma ameaça à qualquer banda. Mais ainda no caso do Pink Floyd, que tinha na figura de Syd Barrett não somente a face pública do grupo, mas também o estopim criativo para a música, sendo o principal compositor.
Em entrevista para o podcast de Joe Rogan, transcrita pelo Rock Celebrities, Roger Waters falou sobre o período conturbado em que a saúde mental de Barrett começou a se deteriorar. Na época, o Pink Floyd ficou em uma posição de precisar se adaptar à nova realidade sem seu líder.
“Nós que estávamos no Pink Floyd nessa época experienciamos isso como uma ‘ameaça existencial’. ‘O que vamos fazer? Ele escreve as malditas canções.’ Bem, eu escrevia cerca de 20 por cento delas antes, mas elas eram nada. As canções do Syd eram as coisas diferenciadas.”
Após descrever a qualidade romântica das canções de Barrett, Waters destacou sobre como ele acabou se tornando o responsável pelas composições do grupo após a saída do músico.
“[Nós pensamos] ‘Como que podemos sobreviver se o cara que compõe as música e lidera a banda enlouquece?’ Você está basicamente f*dido, a não ser que alguém aprenda a compor… felizmente eu comecei a compor [risos]. Eu não quero rir porque ele foi uma perda enorme, e eu amava ele.”
Syd Barrett após o Pink Floyd
Após deixar o Pink Floyd e lançar dois álbuns solo, Syd Barrett se aposentou da indústria musical nos anos 70 por causa de sua esquizofrenia. Ele passou o resto de seus dias morando com a mãe, em Cambridge, até sua morte em 2006 devido a um câncer no pâncreas.
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