Joe Lynn Turner detona o Kiss por suposto playback: “destruindo legado”

Cantor americano é um crítico contumaz do uso de recursos do tipo em apresentações ao vivo

O vocalista Joe Lynn Turner (ex-Rainbow, Deep Purple e Yngwie Malmsteen) nunca se furtou de dizer o que pensa, doa a quem doer. E um de seus principais alvos é a performance de colegas, especialmente os de geração. Especialmente quando se valem de recursos tecnológicos para disfarçar algum problema.

Durante bate-papo com o Metal Castle, o cantor voltou a criticar músicos que se valem de recursos como o playback. E escolheu um exemplo que vem sendo bem falado nos últimos anos: o Kiss. Não é de hoje que o uso de playback nos shows da banda americana vem sendo facilmente detectado, especialmente da parte de Paul Stanley.

“Acho que se tornou demais. Entendo que alguns grupos precisam confiar nesses computadores, mas sou da velha escola e acho que a música ao vivo deve ser ao vivo. É por isso que as pessoas pagam. Se você é conhecido e está saindo por aí usando faixas de apoio, você não está sendo honesto. Não é nem karaokê. Eu sinto que é enganar as pessoas e a si mesmo. Isso é o que separa quem é ótimo e quem é mediano.

Eu entendo que existe uma tecnologia que certas bandas usam hoje, mas se você é o Kiss, por exemplo, talvez deva sair de cena enquanto está ganhando. Você não acha que já tem dinheiro suficiente? Tudo o que está fazendo é destruir seu legado, provavelmente estaria melhor se simplesmente parasse. Não estou tentando apontá-los individualmente, mas eles são conhecidos por usar esse recurso.”

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Sendo assim, qual seria a solução?

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“Eu entendo como é difícil, especialmente para os cantores. Mas se você quiser ficar por aí ainda, talvez reduza as noites seguidas de shows, mesmo que não possa ganhar tanto dinheiro. Acho que temos que olhar para a força motriz e tentar entender a motivação por trás disso. Dinheiro não é uma razão boa o suficiente para mim. Cante três noites por semana e seja você mesmo. Ou pare de fazer isso completamente.”

Joe Lynn Turner e críticas a playback

Não é a primeira vez que Turner critica uso de bases pré-gravadas. Em 2009, o alvo foi David Coverdale. Em entrevista ao The Metal Circus, ele lembrou de um fato que presenciou no ano anterior.

“Participei de um festival na Finlândia e o Whitesnake também estava lá. Não acreditei que ele estava usando isso. E não eram backing vocals, mas os principais mesmo. Fiquei boquiaberto. Ele fez papel de bobo. É um dos meus cantores preferidos.”

Logo depois, Coverdale respondeu à Classic Rock:

“Não uso, não usei e nunca usarei fitas gravadas com a minha voz nos meus concertos. Todos os membros da banda tocam ao vivo. Sim, nós somos mesmo bons! E ele é um palhaço!”

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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