A breve passagem de Joe Lynn Turner pelo Deep Purple gerou o momento mais divisivo da história da banda. O álbum “Slaves and Masters” trazia uma sonoridade mais voltada ao AOR, lembrando os trabalhos do vocalista ao lado de Ritchie Blackmore nos tempos de Rainbow. Aos fãs brasileiros, ficou a memória da primeira passagem do grupo pelo Brasil.
Em entrevista ao Streaming for Vengeance, podcast da revista BraveWords (transcrição via Ultimate Classic Rock), o cantor lembrou como surgiu a oportunidade. À época, outros nomes já haviam sido testados sem sucesso.
“Recebi uma ligação de última hora. Colin Hart, road manager, me telefonou e disse: ‘Você gostaria de vir para uma audição de um mês?’ Dirigi até esta cabana de esqui abandonada, velha e surrada, na área do bar, fedendo a cigarro e cerveja. Assim que entrei, Blackmore começou a tocar e eu fui até o microfone. Então Jon Lord, que Deus o tenha, começou a tocar um pouco de piano. E isso se transformou em ‘The Cut Runs Deep’ ali mesmo.”
Turner revelou ter recusado convites de outras bandas para viver aquele momento.
“Cheguei a fazer parte do Foreigner por um breve período quando Lou Gramm saiu. Mas tive um desentendimento com o empresário, que era um babaca. Falei isso na cara dele. O Bad Company também estava de olho em mim. Mas escolhi o Purple. Nunca senti arrependimento ao olhar para trás.”
A parceria logo se desfez. E houve um bom motivo do lado financeiro, que era mais forte do que qualquer lealdade.
“Eles tiveram uma proposta financeira enorme da gravadora para Ian Gillan voltar. Explicaram a situação e eu abri caminho para fazerem o que precisavam. Sabia que era o correto.”
Joe Lynn Turner e “Belly of the Beast”
Joe Lynn Turner lançou no último dia 28 de outubro o álbum “Belly of the Beast”. O trabalho é uma parceria com o músico e produtor sueco Peter Tägtgren (Pain, Hypocrisy, Lindemann). O disco tem distribuição nacional via Hellion Records.
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