Bob Dylan nunca foi uma figura que fez questão de controlar a própria língua. Por vezes arrogante, em outras até mesmo cruel, o músico nunca deixou de falar o que pensa, por mais que pudesse magoar alguém. A grande questão é que quando você é assim, precisa estar preparado para o retorno.
A Rolling Stone publicou um trecho de “Philosophy of the Modern Song”, novo livro do lendário cantor. Nele, sobra uma alfinetada que soa quase como um rolê aleatório, tamanha a disparidade das realidades de Dylan e o guitarrista Joe Satriani.
Diz o texto, onde Bob analisa “Your Cheatin’ Heart”, sucesso de Hank Williams:
“Cada frase anda de mãos dadas com a voz. Se Hank Williams fosse cantar essa música e você tivesse alguém como Joe Satriani tocando os licks de resposta para o vocal, como eles fazem em muitas bandas de blues, simplesmente não funcionaria e seria um desperdício de uma ótima música.”
A reação de Joe Satriani
Obviamente, a publicação não deixaria de procurar Joe para saber sua impressão. Espirituoso, ele respondeu:
“Bob Dylan sabe meu nome? Acho que o grande Hank Williams e eu poderíamos ter resolvido as coisas e feito ótimas músicas juntos.”
No mundo das hipóteses, seria algo interessante. Porém, a lenda da country music faleceu aos 29 anos, em 1º de janeiro de 1953. Satriani nasceria apenas 3 anos mais tarde.
Parceria com Mick Jagger
Apesar de ser mais conhecido pela complexidade de seu trabalho, Joe já fez parte da banda de uma lenda do rock and roll. Em 1988, Mick Jagger saiu em turnê para divulgar seu álbum solo “Primitive Cool”.
Para isso, o cantor dos Rolling Stones montou um grupo que contava com Satriani e Jimmy Rip (Jerry Lee Lewis, Michael Monroe) nas guitarras, Doug Wimbish (Living Colour) no baixo, Simon Phillips (Judas Priest, Toto) na bateria e Phil Ashley (Kiss, Tina Turner, Atomic Playboys) nos teclados.
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