Jordan Rudess, tecladista do Dream Theater, quase acabou tocando em “The Wall”, lendário álbum lançado pelo Pink Floyd em 1979. E a situação é bem distante do esperado para um músico tão competente em seu instrumento.
Em entrevista de 2021 ao podcast de Chuck Shute, transcrita pelo Ultimate Guitar, Rudess contou que participou de uma sessão de gravação do disco sem sequer saber que era para o Pink Floyd. Na ocasião, ele tocou caixa de bateria junto de outros músicos na música “Bring the Boys Back Home”.
“Tinha um grande amigo chamado Blue Ocean, fiz parte da banda dele por um tempo. Ele era baterista e tinha muito contato com estúdios. Um dia, estávamos juntos quando ele falou: ‘Jordan, me ligaram, venha comigo’. Ele era mais velho, então só ficava ali curtindo com ele, era legal. Além disso, ele tinha as melhores drogas – não uso mais, mas usava na época.”
Quando chegou ao estúdio, Jordan Rudess recebeu um par de baquetas e uma caixa de bateria.
“Havia uns 14 bateristas em um belo estúdio. Eu ainda não sabia o que era. Tentava lembrar o que precisava ser feito, mas o produtor, Bob Ezrin, me olhou e disse: ‘não sei, talvez você possa sair, não precisamos que você toque’. Ficou entre os caras que realmente estavam indo melhor.”
O tecladista, então, seguiu para a sala de controle do estúdio para acompanhar a gravação. Foi quando descobriu que aquela era uma sessão para “The Wall”, do Pink Floyd.
“De repente, ouço a voz de David Gilmour quando estavam voltando. Estavam tocando a seção inteira de ‘Bring the Boys Back Home’. Eu pensei: ‘que diabos é isso, o cara do Pink Floyd?’ Eu não me importava de ter sido tirado da sessão – dane-se, eu não sou um baterista mesmo. Eu estava ali, curtindo com meu amigo. Pensava: ‘isso é uma p#rra de uma sessão do Pink Floyd’. Uma lembrança divertida.”
Pink Floyd e “The Wall”
Um dos álbuns conceituais mais conhecidos de todos os tempos, “The Wall” foi lançado em 1979 e conta a história de Pink, personagem criado por Roger Waters. Ele é baseado em seus traumas, medos e lembranças, além também contar com traços da personalidade do seu antigo colega de banda, Syd Barrett.
Foi o último disco da banda como um quarteto. O tecladista Richard Wright acabou sendo demitido e recontratado como músico assalariado posteriormente.
A turnê contou com a execução do disco na íntegra, além de uma representação dramatizada da história. Posteriormente, também viraria filme.
“The Wall” chegou ao primeiro lugar na Billboard 200 e vendeu mais de 30 milhões de cópias em todo o mundo até hoje.
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