Originalmente chamada de “Hey Jules”, a música “Hey Jude” foi a maneira que Paul McCartney encontrou para aliviar o coração de Julian Lennon, filho mais velho de John Lennon. À época, o menino sofria com a separação do músico dos Beatles e sua mãe, Cynthia. Sua dor acabou gerando uma das mais belas canções de todos os tempos, que se tornou um sucesso de proporções inimagináveis à época.
Em entrevista ao Debatable, da cadeia de rádios SiriusXM (transcrita pelo Ultimate Classic Rock), o homenageado confessou ter uma relação difícil com a obra.
“É amor e ódio ao mesmo tempo. Sou grato a Paul por escrevê-la e colocar alguma esperança por trás do que estava por vir. A desvantagem é que se trata de um lembrete sombrio do que realmente aconteceu naquela época, no caso a separação.”
Então com 5 anos, Julian não estava ciente do que ocorria na vida de todos os envolvidos na situação.
“Não fazia ideia do que estava acontecendo, exceto que passei a notar a presença de Yoko. Obviamente, causou um grande impacto em mim. Tinha momentos de fúria, gritava de raiva. Ainda bem que isso ficou no passado.”
Get Back, documentário recente dos Beatles, permitiu que o músico resgatasse lembranças que estavam arquivadas.
“Pude lembrar do meu pai como o cara brincalhão que ele era, uma figura que ia além do grande músico e compositor.”
Julian Lennon e “Hey Jude”
“Jude”, álbum mais recente de Julian Lennon, foi lançado no último dia 9 de setembro. O trabalho foi composto em parceria com o guitarrista Justin Clayton, parceiro musical de longa data.
O single de “Hey Jude” vendeu mais de 8 milhões de cópias apenas à época do lançamento. Com mais de 7 minutos de duração, se tornou a música mais longa a chegar ao topo das paradas. A marca foi superada por “American Pie”, de Don McLean – que por sua vez, foi superada recentemente por “All Too Well (Taylor’s Version)”, de Taylor Swift.
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