A parceria entre David Coverdale e Steve Vai foi breve, mas certamente deixou um legado. Os dois trabalharam juntos no Whitesnake entre os anos de 1989 e 1990, gravando em estúdio o álbum “Slip of the Tongue” e realizando a turnê de divulgação na sequência.
Antes de se juntar à banda, Vai já era conhecido no meio musical por ter trabalhado com Frank Zappa e David Lee Roth. Porém, Coverdale soube do guitarrista de outra forma: por meio do filme “Crossroads” (1986), lançado no Brasil sob o título “Encruzilhada”.
Em entrevista ao podcast Appetite for Distortion, transcrita pelo Ultimate Guitar, David relembrou:
“Enquanto eu ainda trabalhava com John Sykes, vi o filme ‘Crossroads’ e foi a primeira vez que fui exposto àquela – se você me perdoa a expressão – indecência pública. Fui exposto a Steve Vai, que interpretou o guitarrista do diabo. Logo pensei: ‘oh meu Deus’.”
John Sykes não curtiu
De imediato, o frontman do Whitesnake comentou com John Sykes, seu guitarrista à época, que Steve Vai também deveria entrar para a banda. A reação não foi das melhores.
“Liguei para John e falei: ‘acabei de ver esse guitarrista incrível e acho que seria perfeito tê-lo do outro lado do palco com você’. Claro, John não estava remotamente interessado em dividir o palco.”
Apesar disso, a figura de Steve Vai permaneceu na mente de David Coverdale por um tempo. Só que não deu certo de efetivar a parceria mesmo após Sykes ter deixado o Whitesnake em 1987 pois, na época, Vai estava na banda de David Lee Roth.
Whitesnake, David Coverdale e Steve Vai
Quis o destino que o substituto de John Sykes, Vivian Campbell, também saísse rapidamente do Whitesnake, já em 1988 – mesmo ano em que Steve deixou o grupo de Roth.
Na época, David Coverdale contava com um segundo guitarrista, Adrian Vandenberg, que até poderia ter se tornado o único responsável pelo instrumento na banda se não tivesse sofrido uma lesão às vésperas das gravações do álbum “Slip of the Tongue”, de 1989.
“Não sei quais foram os elementos, mas após Adrian Vandenberg machucar os pulsos e não poder tocar, reforcei minha abordagem a Steve. Felizmente, ele concordou em se tornar um integrante do Snake. Até hoje conversamos por mensagem de texto quase todos os dias, um cara incrível.”
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