Por que Bruce Dickinson se descreve como um liberal em termos políticos

Vocalista do Iron Maiden entende que os governos não deveriam se meter nas vidas das pessoas, exceto quando estritamente necessário

A política sempre esteve presente nas letras de Bruce Dickinson, seja no Iron Maiden ou em carreira solo. Porém, na maior parte do tempo, o vocalista atuou como narrador.

É lógico que o simples fato de o tema ser abordado em uma música já denota algum tipo de preferência de seu criador. Ainda assim, o cantor nunca aderiu ao panfletarismo.

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Em entrevista de setembro de 2021 à Rolling Stone, promovendo o álbum “Senjutsu”, Bruce foi convidado a elaborar de forma mais concisa seus posicionamentos e filosofias.

“Acredito em ser um humano geralmente decente. Detesto o extremismo em todas as suas formas, são pessoas desligando suas mentes para ideias só porque outras podem ser diferentes ou não pertencem ao mesmo grupo.

Ao mesmo tempo, me descrevo como um libertário brando, pois acredito na maioria das coisas libertárias. Eu acho que o governo geralmente deve deixar as pessoas em paz. Eles são muito ruins na maioria das coisas e as pessoas geralmente são melhores em lidar com elas mesmas. Porém, se as pessoas não forem gentis umas com as outras porque são intolerantes ou o que quer que seja, você precisa intervir e ser firme. Em termos de crenças religiosas, não sigo nada. Não vou à igreja e não rezo.”

Bruce Dickinson e Brexit

Vale lembrar que Bruce Dickinson se posicionou a favor do Brexit quando a saída do Reino Unido da União Europeia foi posta em votação. Porém, tempos mais tarde, demonstrou certo arrependimento em declarações, especialmente por conta dos prejuízos e dificuldades sofridas pela classe artística.

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Em 2018, à revista francesa L’Obs, o cantor do Iron Maiden disse que o Brexit “deixaria mais flexível” o Reino Unido e que “a maioria das pessoas da Europa tiraria vantagem disso”.

“O Reino Unido sempre foi uma nação comercial com o restante do mundo. Somente a partir da década de 1960, começou a olhar só para a Europa como uma fonte de comércio – e acho que foi um erro. O Brexit abre nossas fronteiras.”

Na prática, não foi bem assim. O governo britânico não incluiu profissionais da indústria musical na série de flexibilizações que reduziriam a burocracia de viagens para outros países da Europa. Por isso, a realização de turnês ficou complicada e até astros como Elton John criticaram a medida.

Em 2021, à Sky News, Dickinson reavaliou sua posição.

“A ideia é que, depois de fazer o Brexit, você tenha sensibilidade sobre as relações que se tem com as pessoas. No momento, toda essa bobagem de não poder tocar na Europa, e dos europeus não poderem tocar aqui (no Reino Unido), e as licenças de trabalho permitindo todas as outras áreas… qual é! Tomem jeito.”

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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