Um dos primeiros dilemas que fãs dos Beatles enfrentam é o de escolher seu membro preferido. É assim desde as histéricas fãs dos primórdios, passando pelos intelectualizados pesquisadores da obra do grupo em seus momentos derradeiros. Ninguém está imune ao desafio. Contudo, Ian Anderson não tem dúvidas na hora de fazer sua escolha.
Em entrevista à Classic Rock no ano de 2021, a opção do frontman do Jethro Tull pelo líder da gangue é plenamente justificada.
“Quando eu era estudante, sempre fui atraído por John Lennon acima dos outros, de longe. Paul McCartney parecia ser o personagem alegre, angelical e levemente inocente na formação, como se tivesse feito um transplante de Cliff Richard. John tinha atitude, um senso de desdém quando se tratava de ser arrumado e feito para vestir ternos combinando. A primeira vez que vi fotos dos Beatles em Hamburgo, me ocorreu que ali estava Lennon em seu habitat natural – vestido de couro, topete engordurado e com um ar ameaçador.”
A teoria de Ian Anderson
Esse processo de domesticação após as temporadas selvagens na Alemanha também contam com uma teoria de Ian Anderson. Segundo o vocalista e flautista, houve uma necessidade de amaciar o conteúdo sonoro e imagético para que o Fab Four conquistasse a simpatia do público.
“Como a maioria das pessoas da minha idade fora de Liverpool, eu não tinha nenhuma ideia real dos Beatles até ‘Love Me Do’, em 1962. Nesta época eles já tinham, até certo ponto, sido higienizados por seu empresário tradicionalmente voltado para o showbiz, Brian Epstein. Sem dúvida, ele achou necessário, para ajudar a banda a conseguir shows e um contrato de gravação. Esses primeiros sucessos foram o que você pode chamar de canções bonitinhas, como ‘From Me to You’ e ‘I Want to Hold Your Hand’. Tudo muito inocente.”
Beatles e “Backbeat”
A fase alemã da carreira dos Beatles pode ser conferida no filme “Backbeat – Os Cinco Rapazes de Liverpool”, lançado em 1994. A obra mostra o período em que Stuart Sutcliffe ainda fazia parte da banda, assim como o baterista Pete Best. Também estabelece as relações com amigos como Klaus Voormann e Astrid Kirchher, que tiveram grande influência em suas evoluções artísticas.
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Bem, pensei que se tratasse de música.
Ian avalia o “jeito” de um o rosto do outro… em fim.
MacCartney é um gênio musical. Talvez Ian devesse assistir aos vários documentários de ensaios in-door dos Beatles para ver como a genialidade de Paul se destacava ante a falta de criatividade de Lennon.
A unica diferença é que um era músico e o outro ativista político…
Quando forem falar sobre política ( sim, existem idiotas que acreditam que música nao se faz sem política) aí sim falaremos sobre Lennon.
Até mesmo Paul McCartney discordaria desse seu comentário, especialmente das últimas frases.