A carreira de Iggor Cavalera pode ser chamada de tudo, menos de previsível. O próprio Sepultura quebrou barreiras geográficas e sonoras, adicionando elementos ao metal e sendo criticado por puristas, mas sempre mantendo a coragem.
Atualmente, além do trabalho com o irmão Max, o músico brasileiro se dedica ao noise rock do Petbrick, a carreira de DJ e parcerias com nomes distintos como o rapper Necro e o grupo art pop Ladytron.
Em entrevista à Metal Hammer, Iggor revela que a ousadia eclética vem de longe.
“Na época do Sepultura fizemos covers de bandas como New Model Army ou até Bob Marley. Sempre tentamos ter a mente um pouco mais aberta ao escrever e colaborar com outras pessoas. Coisas como Soulwax ou Ladytron, tudo decorre desse estado de espírito de querer trocar ideias.”
O entrevistador chegou a citar um momento quando a maior banda do Brasil rompeu barreiras em definitivo: “Roots”, último disco da formação clássica.
“Foi o ponto culminante de muitas dessas coisas das quais estamos falando: ter a mente aberta, tentar experimentar estilos diferentes e ultrapassar os limites das coisas dentro de uma cena que nem sempre costuma ser progressiva. Quando você pensa em metal, às vezes, pode ser um meio muito conservador. ‘Roots’ surgiu em um momento que estávamos tentando ultrapassar esses limites, respeitando o que estávamos experimentando. Para nós seria chato ter que fazer o mesmo disco indefinidamente.”
Iggor Cavalera e Petbrick
“Liminal”, segundo álbum do Petbrick, saiu no último dia 23 de setembro. O trabalho dá sequência à parceria de Iggor Cavalera com o músico e produtor Wayne Adams (Big Lad, Johnny Broke).
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