A organização do Knotfest Brasil, enfim, divulgou os horários de sua primeira edição. O festival acontece no próximo domingo (18), no Sambódromo do Anhembi, em São Paulo.
Além disso, foi confirmada a presença do Black Pantera entre as atrações. A banda mineira substitui o grupo americano, que cancelou sua participação no evento devido a uma “séria doença com músicos e membros da equipe”.
Eles também fariam a abertura do show solo do Bring Me the Horizon no Vibra São Paulo, nesta sexta-feira (16). Para este compromisso, porém, foi escalado o Vended.
Ainda há ingressos à venda no site Eventim. Confira abaixo os horários do Knotfest Brasil.
Horários do Knotfest Brasil 2022
Por palco
Geral
- 10h30 Abertura dos portões
Knotstage
- 11h: Black Pantera
- 12h25: Project46
- 14h05: Vended
- 15h55: Mr. Bungle
- 18h25: Bring Me the Horizon
- 21h20: Slipknot
Carnival Stage
- 11h40: Oitão + Jimmy & Rats
- 13h10: Trivium
- 15h: Sepultura
- 17h: Pantera
- 19h45: Judas Priest
Por ordem das atrações
- 10h30 Abertura dos portões
- 11h: Black Pantera (Palco Knotstage)
- 11h40: Oitão + Jimmy & Rats (Carnival Stage)
- 12h25: Project46 (Knotstage)
- 13h10: Trivium (Carnival Stage)
- 14h05: Vended (Knotstage)
- 15h: Sepultura (Carnival Stage)
- 15h55: Mr. Bungle (Knotstage)
- 17h: Pantera (Carnival Stage)
- 18h25: Bring Me the Horizon (Knotstage)
- 19h45: Judas Priest (Carnival Stage)
- 21h20: Slipknot (Knotstage)
O que esperar do Slipknot?
Pela quinta vez no Brasil, o Slipknot divulga seu novo álbum “The End, So Far”, lançado em 2022. O disco vem cercado do rumor de que seria o último da banda, mas não procede – é apenas o trabalho final com a gravadora Roadrunner. De sonoridade diferente, mas que de alguma forma remete a lançamentos mais antigos, o álbum é pouco explorado no setlist da turnê atual do grupo.
Os fãs dos discos mais antigos vão gostar do que vão encontrar nessa nova passagem da banda pelo Brasil. O set tem focado em álbuns como “All Hope Is Gone” (2008), “Iowa” (2001) e a estreia homônima, de 1999.
Não é segredo nenhum que o Slipknot sempre entrega bons shows, muito fortes no aspecto visual e na vibe “caótica”. As passagens recentes pelo Rock in Rio são ótimos exemplos disso – e estando no próprio Knotfest Brasil, certamente não vão economizar nisso.
Apesar de serem presença constante em palcos brasileiros, os mascarados sob o comando de Corey Taylor não visitam o Brasil desde 2015. A única mudança na formação desde então é a presença do percussionista Michael Pfaff no lugar de Chris Fehn. De resto, a “escalação” segue a de sempre, com Taylor nos vocais, Shawn “Clown” Crahan na percussão, Craig “133” Jones nos samples, Sid Wilson nos teclados, Mick Thomson e Jim Root nas guitarras, Alessandro Venturella no baixo e Jay Weinberg na bateria.
Confira a seguir o repertório tocado nas recentes apresentações no Chile e na Argentina:
- Disasterpiece
- Wait and Bleed
- All Out Life
- Sulfur
- Before I Forget
- The Dying Song (Time to Sing)
- Dead Memories
- Unsainted
- The Heretic Anthem
- Psychosocial
- Duality
- Custer
- Spit It Out
Bis:
- (515)
- People = Shit
- Surfacing
Judas Priest no Knotfest Brasil
Os veteranos do Judas Priest prometem uma viagem no tempo pela história da banda e também do heavy metal, do qual são parte essencial. “Firepower”, o álbum mais recente, é de 2018, mas o momento é de celebrar os 50 anos de heavy metal. A turnê atual tenta abraçar todas as fases do grupo, mas foca, obviamente, em seus grandes clássicos.
Apesar disso, não espere mais do mesmo: volta e meia os shows mais recentes do Priest têm trazido alguns surpresas no setlist, com o resgate de músicas antigas ou a inclusão de alguns sons que nunca haviam sido tocados ao vivo. Do alto de seus 71 anos, Rob Halford claramente não tem mais a potência vocal que o transformou na lenda viva que é hoje, mas segue um frontman de respeito e, dentro do que sua voz permite, oferece um bom show.
A formação atual do Judas Priest traz também o baterista Scott Travis, que tem sido o motor da banda desde os tempos de “Painkiller” (1991), e o eterno Ian Hill no baixo. A grande mudança dos últimos anos fica por conta das guitarras: Richie Faulkner e o produtor Andy Sneap ocupam, respectivamente, as vagas do “meio-desafeto” K.K. Downing e de Glenn Tipton, que permanece como membro, mas se afastou das atividades completas em turnê devido ao avanço da doença de Parkinson. Vez ou outra, ele faz participações em algumas músicas.
Vale lembrar que, no último mês de novembro, o Judas Priest passou a fazer parte do Rock and Roll Hall of Fame, onde teve sua importância para a música reconhecida. Esta será a oitava passagem da banda pelo Brasil e tem tudo para ser uma das melhores. A oportunidade de ver ao vivo uma banda com a história que o Priest carrega, por si só, já vale o ingresso.
Confira a seguir o repertório tocado recentemente na Colômbia:
- Electric Eye
- Riding on the Wind
- You’ve Got Another Thing Comin’
- Jawbreaker
- Firepower
- Devil’s Child
- Turbo Lover
- Steeler
- Between the Hammer and the Anvil
- Metal Gods (retirada do show no Chile)
- The Green Manalishi (With the Two Prong Crown) (Fleetwood Mac cover)
- Screaming for Vengeance
- Painkiller
Bis:
- Hell Bent for Leather
- Breaking the Law
- Living After Midnight
Pantera: reunião ou tributo?
Apesar de ser vendida como uma reunião, os músicos preferem chamar a nova turnê do Pantera de tributo aos irmãos Dimebag Darrell (guitarra) e Vinnie Paul (bateria), líderes da banda já falecidos. Em seus lugares, respectivamente, Zakk Wylde (Ozzy Osbourne, Black Label Society) e Charlie Benante (Anthrax) acompanham o vocalista Phil Anselmo e o baixista Rex Brown, remanescentes da formação clássica.
A turnê de reunião – ou tributo – começou pela América Latina, com o primeiro show no México. À primeira vista, tudo parece funcionar bem: Brown e Anselmo dão conta de suas partes, enquanto Wylde tem um estilo muito próximo de Dimebag e faz de tudo para respeitar as composições e solos de um de seus melhores amigos, mas sem deixar de colocar sua pegada própria. Benante é um baterista muito competente e mesmo com uma abordagem diferente para se adaptar à banda, entrega um bom trabalho.
O setlist é focado nos álbuns “Vulgar Display of Power” (1992) e “Far Beyond Driven” (1994), clássicos inquestionáveis. Para tentar cobrir a carreira da banda de forma mais ampla, o grupo atual foca em medleys e na adição de intros ou trechos de músicas ao final de outras, o que ajuda a relembrar sons que não caberiam no set. No meio de tudo, há ainda um momento de homenagem aos irmãos Abbott – o que não poderia faltar, claro.
É justamente essa homenagem que divide opiniões a respeito dessa encarnação do Pantera que vem ao Brasil. Alguns veem o tributo/reunião como forma de explorar a memória de Dimebag e Vinnie, especialmente por conta das brigas com Phil. Contudo, é inegável que o apelo comercial existe, dado que uma reunião do Pantera é pedida desde que o grupo original se separou em 2003. Infelizmente, os irmãos, mortos respectivamente em 2004 e 2018, não puderam fazer parte da festa.
A passagem do Pantera pelo Brasil, como não poderia deixar de ser, também reacende todas as polêmicas a respeito de Phil Anselmo. Por mais de uma vez, o vocalista já realizou saudações nazistas ou fez referências a ideologias de supremacia branca em cima do palco. Da última vez, culpou a bebida pelo que definiu como “brincadeira”. Dentro da cena, alguns nomes como o frontman do Machine Head, Robb Flynn, e o guitarrista do Anthrax, Scott Ian, se posicionaram contra. Embora tudo siga sem maiores problemas, é inegável que tais atitudes de Anselmo, além de lamentáveis, afastam parte do público.
Para os próximos shows, haverá uma mudança importante. Desde o show no Knotfest Chile, o baixista Rex Brown foi substituído por Derek Engemann, integrante do Cattle Decapitation que também faz parte de duas bandas ao lado do vocalista Phil Anselmo: The Illegals e Scour. Bobby Landgraf, membro do Down, também assumiu o instrumento em parte da performance. O motivo é que Brown testou positivo para Covid-19 e só retornará aos palcos em 2023. Tudo indica que Engemann será o titular da função.
De qualquer forma, trata-se de uma turnê histórica para os fãs do Pantera. A formação clássica da banda tocou no Brasil apenas duas vezes, em 1993 e 1995. Há toda uma geração de fãs que não puderam conferir a banda durante sua existência e por mais que projetos paralelos tenham preenchido esse espaço, surge a oportunidade de ver o nome Pantera novamente nos palcos e com músicos gabaritados nas funções vagas.
Veja abaixo o setlist tocado em show no Chile:
- A New Level
- Mouth for War
- Strength Beyond Strength
- Becoming (com trecho de Throes of Rejection)
- I’m Broken (com trecho de By Demons Be Driven)
- 5 Minutes Alone
- This Love
- Yesterday Don’t Mean Shit
- Fucking Hostile
- Gravação de Cemetery Gates (tributo aos irmãos Abbott)
- Planet Caravan (Black Sabbath cover)
- Walk
- Cowboys From Hell
- Domination / Hollow
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