Quando Jimi Hendrix começou a se destacar na cena inglesa da metade dos anos 1960, muitos nomes já conhecidos do rock local se surpreenderam. Figuras como Jeff Beck e Eric Clapton se sentiram intimidados pelo americano. A ponto de o segundo pensar seriamente em desistir da carreira que o consagraria mundialmente.
Em entrevista de 2015 ao Morning Edition, da NPR Radio (transcrita pelo Rush Fã-Clube Brasil), o baterista Neil Peart declarou não entender esse tipo de atitude. Para ele, quanto mais talentos surgissem e pudessem o incentivar a se tornar ainda melhor, seria bom para todos.
“Quando caras como Keith Moon surgiram, a barra necessária para ser um baterista de rock passou a ser levantada cada vez mais alto. Era desafiador e inspirador, tive a sorte de não desanimar. Ouvi histórias, como Eric Clapton que disse que queria tacar fogo em sua guitarra quando viu Jimi Hendrix tocar. Nunca entendi isso, porque quando ouvia ou via um grande baterista, tudo o que eu queria fazer era praticar.”
Sobre Neil Peart
Nascido em Hamilton, Ontario, Canadá, Neil Ellwood Peart se destacou como baterista e principal letrista do Rush a partir de 1975 até o encerramento da banda. Também organizou tributos a Buddy Rich, além de tocar em discos de Jeff Berlin e Vertical Horizons. Ainda gravou vídeos detalhando sua técnica.
Lançou 7 livros baseados em suas aventuras pelo mundo e filosofias, além de outros 4 de ficção. 3 deles eram baseados na saga do álbum “Clockwork Angels”.
Embora nunca tenha se afiliado a um partido político, se descreveu em algumas entrevistas como “um libertário com inclinação à esquerda”. Chegou a declarar que as ideias do Partido Republicano dos Estados Unidos eram “o exato oposto dos ensinamentos de Jesus”.
Morreu no dia 7 de janeiro de 2020, aos 67 anos, em decorrência de um glioblastoma, forma agressiva de câncer no cérebro.
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