Timidez e galinheiro: como era trabalhar com Buckethead no Guns N’ Roses

Ex-empresário da banda, Doug Goldstein, relembrou histórias curiosas envolvendo o guitarrista em sua fase na banda

O período de quase uma década em que o Guns N’ Roses produziu o álbum “Chinese Democracy” é um dos mais misteriosos da história da banda. Parte dessa fase contou com um guitarrista ainda mais emblemático entre 2000 e 2004: Buckethead, músico conhecido por apresentar-se de máscara e com um balde da rede de fast-food KFC na cabeça.

Doug Goldstein, empresário do grupo entre 1991 e 2008, conviveu com Buckethead. Em 2020, ele relembrou algumas histórias sobre o guitarrista em entrevista ao podcast “Appetite for Distortion” transcrita pelo Ultimate Guitar.

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Ao ser perguntado sobre como era o trato com o músico, Goldstein disse que não era uma relação ruim. Porém, vez ou outra tinha que lidar com alguns traços da personalidade peculiar do contratado – a exemplo da ocasião em que ele pediu um galinheiro em estúdio.

“Ele não se comportava mal, era como um arranhão na cabeça – essa é a melhor forma de definir. Há coisas que você não está acostumado a lidar, como ouvir (de Buckethead) que não dá para gravar suas partes no disco até que alguém construa, literalmente, um galinheiro no estúdio para que ele possa tocar.”

Apesar da situação bizarra, o empresário disse que já estava “tão acostumado a lidar com anomalias” que nem ligou.

“Quando você é contratado como manager e recebe uma ligação dizendo que alguém empurrou um piano de cauda pela janela e que foi parar no teto de algumas casas, não é um trabalho normal… ter que ligar para uma empresa que cuida de equipamentos pesados e pedir para tirar e colocar de volta no lugar.”

Além disso, Doug destacou que trabalhar com Buckethead era relativamente fácil.

“Era algo tipo: ‘ok, ele quer um galinheiro, tudo bem’. Ele era um cara muito legal. Era muito, muito tímido.”

Guns N’ Roses e Buckethead

Mesmo com todo o mito em torno de sua passagem pelo Guns N’ Roses, é fato que a participação de Buckethead foi determinante em “Chinese Democracy”. O músico tocou em todas as faixas do disco, com exceção de “Catcher in the Rye” e “This I Love”.

Também é ele o responsável por solos de músicas como “If the World”, “Sorry”, “Madagascar”, “Prostitute”, primeiro solo de “Better” e segundos solos da faixa-título, “Street of Dreams”, “There Was A Time”, “Scraped” e “IRS”.

*Foto: Jhayne / CC BY 2.0

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Igor Miranda
Igor Miranda
Igor Miranda é jornalista formado pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), com pós-graduação em Jornalismo Digital. Escreve sobre música desde 2007. Além de editar este site, é colaborador da Rolling Stone Brasil. Trabalhou para veículos como Whiplash.Net, portal Cifras, revista Guitarload, jornal Correio de Uberlândia, entre outros. Instagram, Twitter e Facebook: @igormirandasite.

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