Criado em situação confortável por uma família de classe média, John Bonham viu sua situação financeira mudar de vez quando o Led Zeppelin se tornou grande o suficiente para acumular fortuna. E o baterista esbanjou com sua nova riqueza.
Além de atualizar seus instrumentos ao comprando vários kits Ludwig (embora apenas um incluísse dois bumbos), conforme escreve C.M. Kushins na biografia “Beast: John Bonham and the Rise of Led Zeppelin” (2021), ele adquiriu uma fazenda perto de Birmingham e gastou bastante em carros, uma de suas grandes paixões.
O momento mais impulsivo foi quando desembolsou US$ 85 mil em um automóvel. A curiosidade é que o automóvel nem valia isso – o músico apenas quis fazer valer a compra de um veículo com o qual sonhava.
Lembrou o road manager Richard Cole à publicação, conforme destacado pelo CheatSheet:
“John adorava carros. Comprou 26 no primeiro ano de sucesso da banda, em 1969. Logo após usar, ficava entediado com eles. Um dia, aparecia em um Maserati. No seguinte seria um Jensen, um E-type Jaguar ou um Rolls-Royce… Os revendedores de carros em Birmingham o adoravam.”
John Bonham e o vendedor arrogante
Durante uma turnê pelos Estados Unidos, John Bonham visitou uma revendedora da Rolls-Royce em Los Angeles com o roadie Henry Smith e o empresário do Zeppelin, Peter Grant.
O seguinte diálogo foi recordado na obra:
“‘Filho, não coloque as mãos nele a menos que você possa pagar’, disse o vendedor.
‘Quanto é então?’, perguntou Bonham.
‘Oitenta e cinco mil dólares’, disse o homem.
John imediatamente se virou para Grant. ‘Peter, rápido, me dê oitenta e cinco mil’.”
John Bonham pagou em dinheiro por um carro simplesmente para dar uma resposta a um vendedor arrogante. Aquilo chocou até mesmo os amigos, especialmente porque o baterista sequer teve a chance de dirigir o veículo em Los Angeles durante a turnê.
Adaptando para valores atuais, o montante pago giraria em torno de US$ 640 mil. Dada a popularidade do Led Zeppelin até os dias atuais, os colegas de banda e sua família seguem faturando bastante. Mas o próprio não pode mais desfrutar dos lucros desde 1980, quando faleceu aos 32 anos.
*Foto: Dina Regine / CC BY-SA 2.0
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Ter sucesso, dinheiro, fama e morrer aos 32 anos. Parece a sina da maioria dos artistas . E a gente ainda depara com pessoas que endeusam os que cometeram suicídio através das drogas e dos caprichos nunca satisfatórios e secretos que o mundo artístico sempre. mantém à quatro chaves.