Na última segunda-feira (27), os fãs do Megadeth foram presenteados com um reencontro há muito esperado – tanto tempo que muito sequer eram nascidos ou conheciam a banda no período original. Após mais de 20 anos o guitarrista Marty Friedman subiu ao palco com a banda novamente, tocando três músicas: “Countdown to Extinction”, “Tornado of Souls” e “Symphony of Destruction”.
No dia seguinte, ainda sob efeito da emoção, o músico concedeu entrevista ao Consequence. Nela, refletiu sobre a importância do momento vivido na noite anterior em sua vida.
“Foi como um ponto de exclamação perfeito em tudo o que tínhamos feito juntos até este ponto. Você não poderia ter escrito uma maneira melhor para a coisa toda acontecer. Foi um timing perfeito, apenas uma maneira muito natural e orgânica de as coisas acontecerem.”
Em relação à amizade com Dave Mustaine, frontman e chefão do grupo, Marty deixa claro que as questões do passado já haviam sido superadas anteriormente.
“Sempre esteve tudo bem. Se em algum momento houve algum tipo de estranheza, provavelmente estava na mente das pessoas que são fãs ou ficam lendo coisas da mídia. Conversamos de vez em quando e é sempre muito bom. Talvez na época em que saí da banda pode ter havido alguns sentimentos estranhos entre nós, mas creio que Dave entendeu o que me levou a tomar a decisão.
Da mesma forma, também sei que coloquei a banda em uma situação difícil com a minha saída. Mas isso foi há muito tempo. Desde então, não tem havido nada além de um contato amigável e normal – e ocasionalmente, conversamos sobre algo que podemos precisar do outro para comentar. Mas absolutamente nada além de total simpatia.”
Porta aberta para o Megadeth
Obviamente, a pergunta sobre uma nova parceria não poderia deixar de ser feita. Marty Friedman se mostrou positivo com a perspectiva.
“Sim, cara, a porta está aberta. Acho que sempre esteve, na verdade. É realmente apenas uma questão de fazer algo que tenha significado tanto para eles quanto para mim. Budokan foi algo assim. Se surgir outra possibilidade que agregue às nossas vidas, então eu sou totalmente a favor. No que me diz respeito, a banda está em um grande momento, não consigo imaginá-los precisando de mim para nada. Mas Budokan foi maravilhoso. Há outras coisas no futuro. Minha porta está aberta e estamos em ótimas condições, amo todos os caras da formação atual.”
Sobre Marty Friedman
Nascido em Washington D.C., Estados Unidos, Marty Friedman despontou como integrante do Cacophony, projeto com o também guitarrista Jason Becker que lançou dois discos. Entre 1990 e 2000 foi integrante do Megadeth, participando da fase mais bem-sucedida da banda.
Em 2003 se mudou para o Japão, onde vive desde então. Tornou-se figura pública reconhecida, participando de programas televisivos populares e eventos tradicionais do país. Possui 13 discos solo, vários deles exclusivamente lançados para o mercado asiático.
Também participou de trabalhos do Ayreon, Fozzy, Firewind, Kiko Loureiro, James LaBrie e Tourniquet, entre outros.
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