De acordo com o Entertainment Weekly, Steven Tyler foi formalmente nomeado como réu em um processo iniciado no mês passado, alegando que ele abusou sexualmente de uma menor na década de 1970. A queixa foi apresentada por Julia Misley (anteriormente conhecida como Julia Holcomb) no Tribunal Superior do Condado de Los Angeles.
A suposta vítima acusa o vocalista do Aerosmith de agressão sexual, coerção de aborto e infâmia involuntária. Misley, agora com 65 anos, alega que Tyler, 74, usou sua fama e status para “seduzi-la, manipulá-la, explorá-la e agredi-la sexualmente” ao longo de três anos, começando quando ela tinha 16 anos e ele, 25.
Misley está buscando uma quantia não especificada de compensação e um julgamento. Os representantes de Tyler não responderam imediatamente aos pedidos de comentários.
De acordo com a denúncia, os dois se conheceram em 1973, depois de um show do Aerosmith em Oregon. Julia foi convidada para ir aos bastidores e depois para o quarto de hotel de Steven. Ela acusa o músico de abusar sexualmente dela naquela noite e de agredi-la sexualmente em um quarto de hotel após o próximo show em Seattle, para onde o cantor supostamente bancou sua viagem. No ano seguinte, Tyler se encontrou com a mãe de Misley e a convenceu a “passar a guarda de sua filha para ele”.
Trechos da autobiografia do artista, “O barulho na minha cabeça te incomoda?”, foram usados para compor o processo. No próprio livro, Steven confirmou – sem citar o nome de Julia – que quase se casou com uma adolescente e que os pais dela lhe passaram a guarda, o que a deixou livre para inclusive acompanhá-lo nas turnês do Aerosmith.
Aborto forçado por Steven Tyler
Julia Misley também disse que foi obrigada a abortar um filho que teve com Steven Tyler, em 1975, quando ela tinha 17 anos. Na ocasião, o apartamento onde os dois moravam pegou fogo e o artista teria dito à garota que a falta de oxigênio ao inalar fumaça poderia causar danos ao bebê – apesar de, segundo ela, um médico ter dito que não houve qualquer problema com a criança em gestação.
A jovem seguiu hesitante em realizar o aborto, mas o cantor teria alegado que pararia de apoiá-la se ela não fizesse o procedimento. Ela aceitou interromper a gestação, mas rompeu com o artista em seguida e voltou a morar em Portland, sua cidade natal. As lembranças haviam sido apagadas de sua memória até o músico voltar a mencioná-las em seu livro.
Caso confirmado?
Na autobiografia do Aerosmith, lançada em 1997, Steven Tyler conta uma história similar à relatada por Julia Misley. Porém, ele atribui a uma garota chamada Diana e diz que ela tinha 14 anos.
As informações ficam mais próximas do relato de Misley em sua própria autobiografia, de 2011, quando ele diz que a garota tinha 16 anos. Como já mencionado anteriormente, o nome de Julia não é citado enquanto o caso é narrado no livro, mas ela é lembrada (como Julia Halcomb) nos agradecimentos, o que, segundo ela, comprometeu seu anonimato.
Na obra, ele conta:
“Foi uma grande crise. É algo importante quando você está crescendo com uma mulher, mas nos convenceram de que aquilo nunca funcionaria e arruinaria nossas vidas. Você vai ao médico, eles colocam a agulha na barriga dela, apertam as coisas e você observa. E sai morto. Eu estava muito devastado. Em minha mente, eu pensei: ‘Jesus, o que eu fiz?’.”
Por sua vez, Julia Misley abordou o caso em outras ocasiões publicamente após o lançamento da autobiografia de Steven Tyler, como em um artigo para o site Lifesite, em 2011, e ao documentário “Look Away”, dez anos depois. Ao site, ela disse:
“Pela primeira vez, percebi que não deveria ter sido tola o bastante para conceber uma criança fora do casamento, com um homem que talvez não estivesse interessado em uma relação duradoura. Meu bebê tinha uma defensora em sua vida: eu. E caí na pressão devido ao medo da rejeição e ao futuro desconhecido. Gostaria de poder voltar e ter essa chance novamente, dizer ‘não’ ao aborto pela última vez. Gostaria, de todo o coração, que eu pudesse ver esse bebê viver a sua vida e transformar-se em um adulto.”
Nos últimos anos, Tyler tem promovido ações em prol de vítimas de abuso sexual, por meio da ONG Janie’s Fund. Um abrigo chamado Janie’s House foi construído e lançado no fim de 2017. O cantor conseguiu arrecadar US$ 2,4 milhões para a instituição durante um evento de gala, realizado na mesma noite do 60º Grammy Awards, no início de 2018.
O artigo “10 rockstars com histórico de abuso sexual ou relações com menores”, publicado no site em 2018, citou o caso de Steven e de outros músicos do rock, como Axl Rose, Jimmy Page (Led Zeppelin), Anthony Kiedis (Red Hot Chili Peppers), entre outros. Clique para conhecer algumas dessas histórias.
Clique para seguir IgorMiranda.com.br no: Instagram | Twitter | Facebook | YouTube.
Depois de tanto tempo? os dois eram jovens! tá na cara que quer ganhar uma grana em cima do cara.