Embora seja muito conhecido como o frontman do Body Count, Ice-T é um ícone do hip hop desde antes de começar a banda, que une metal ao rap. Porém, com o passar dos anos ele se distanciou um pouco do gênero que o consagrou.
Em entrevista para a Variety, o artista falou sobre suas raízes musicais e citou um momento no qual, segundo ele, as coisas começaram a mudar e perder parte do sentido, o que tornou o hip hop “bobo”. Em sua visão, muita coisa mudou a partir da segunda metade dos anos 2000.
Coincidência ou não, foi nessa época que seu último álbum solo (“Gangsta Rap”, de 2006) foi lançado. A partir daí, ele passou a se dedicar mais ao Body Count e também à sua carreira de ator, aparecendo em diversos filmes, séries e até games.
“O hip hop mudou. A música ficou boba para mim. Os garotos começaram a ficar estranhos. Tudo ficou de uma forma com a qual eu não estava confortável. Havia um ponto onde eu estava vendendo muitos discos, então esfriou. Senti isso de uma certa forma. Então eu percebi que o Public Enemy, Rakim, Big Daddy Kane e o Wu-Tang Clan também não estavam vendendo discos. Era uma mudança de paradigma. Os garotos ficaram mais suaves e suavidade não é algo que sou capaz de dar ao público.”
Ice-T atualmente
Ice-T não tem planos para lançar um novo álbum de rap, mas não abandonou totalmente o estilo. Além de manter a mistura ativa no Body Count, ele realiza shows com o título de “Ice-T: Art of Rap”, onde clássicos do passado são apresentados. “Pense nisso como Frank Sinatra. Você quer ouvir os clássicos”, conclui.
Enquanto isso, o Body Count segue a todo vapor. A banda lançou em 2020 seu sétimo álbum, “Carnivore”, e já trabalha no próximo, que vem com o título “Merciless”.
Ainda não há previsão de lançamento, mas o frontman já prometeu um trabalho ainda mais pesado do que o anterior.
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