Maior sucesso comercial da carreira do Kiss, “Beth” fez parte do álbum “Destroyer” (1976), que gerou um redirecionamento musical na carreira da banda.
Produzido por Bob Ezrin, o disco acrescentou elementos que fugiam do rock básico dos primeiros discos do quarteto. E a balada cantada pelo baterista Peter Criss era a mais diferente de todas.
Composta pelo Catman original e seu colega Stan Penridge, ela foi rearranjada pelo produtor e modificada até se tornar quase um standard da música popular. A canção pode ser vista como romântica, mas Ezrin ressalta ao podcast Rockonteurs (transcrito pela Classic Rock) que o significado por trás da letra é o oposto.
“A letra é muito triste. Por que o cara não quer voltar para casa? Por que ele está partindo o coração da moça? O que está acontecendo? Foi assim que ela se tornou essa música sensível e triste. E Peter tinha esse tipo de voz esfumaçada que casa perfeitamente com músicas nesse estilo.”
Curiosamente, os integrantes do Kiss tinham suas dúvidas a respeito do quão adequada seria a canção para aquele momento.
“Eu sabia que era um sucesso, mas o resto da banda não sentia que representava o Kiss. E realmente, não os representava. Mas era representativo do Kiss de ‘Destroyer’.”
Mudança musical e lírica
Em outro momento da conversa, Bob Ezrin contou que arquitetou em “Destroyer” uma mudança no Kiss que passou pelo aspecto musical, mas também pelo lírico.
“O propósito do ‘Destroyer’, do meu ponto de vista, era fazer com que eles deixassem de ser uma banda de rock machista, que agradava a garotos de 15 anos cheios de espinhas e ninguém mais.”
Kiss e “Beth”
“Beth” chegou ao 7º lugar no Billboard Hot 100, principal parada de singles dos Estados Unidos. Faturou disco de ouro e ganhou o People’s Choice Awards em 1977 como música favorita do público.
Até hoje, mesmo sem Peter Criss na banda, o Kiss ainda a toca, com Eric Singer assumindo os vocais e tocando piano.
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