A única banda pós-anos 80 à altura do Metallica, segundo Lars Ulrich

Baterista citou grupo de Seattle como “o Black Sabbath dos anos 1990” em entrevista de 1995 à Rolling Stone

Em 1995, Lars Ulrich concedeu entrevista à Rolling Stone onde foi perguntado sobre que bandas consideraria estar no mesmo nível do Metallica. As primeiras respostas foram AC/DC, Thin Lizzy e Motörhead.

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Ao ser indagado sobre algum artista contemporâneo que poderia entrar neste seleto grupo, o baterista citou o quarteto do grunge que estava mais próximo do metal. O resgate é do Rock Celebrities.

“A única banda contemporânea que considero à altura é o Alice in Chains, embora eles tenham uma abordagem musical diferente do Metallica. Estão em um pedestal para mim, muito acima de todos os outros. São como um Black Sabbath dos anos 90. Há algo sobre os riffs, a descontração. Não está encaixotado, não é um som quadrado.”

Lars explica melhor a última constatação fazendo uma comparação com seu próprio trabalho.

“Às vezes, quando ouço algumas de nossas músicas do passado, tenho essa visão em minha mente de um quadrado. O som do Alice in Chains possui muitas arestas.”

Metallica, “Load” e “Reload”

À época da entrevista, o Metallica estava envolvido com as gravações dos álbuns “Load” e “Reload”, que sairiam nos anos seguintes. Além das experimentações sonoras, os trabalhos repercutiram pelas mudanças visuais dos músicos, que apareceram pela primeira vez com a nova estética justamente na gravação do MTV Unplugged do Alice in Chains.

Lars Ulrich e Rage Against the Machine

Em entrevista mais atual, também à Rolling Stone, mas no ano de 2020, Lars Ulrich fez elogios a um contemporâneo do Alice in Chains: o Rage Against the Machine. O baterista destacou que o trabalho da banda fica mais relevante e atual a cada dia que passa, mesmo considerando que seus três álbuns de músicas inéditas tenham sido lançados na década de 1990.

O assunto foi pautado após Ulrich destacar, inicialmente, quais músicas estava ouvindo durante o período inicial da pandemia. O primeiro disco que ele citou foi “Fetch the Bolt Cutters”, o então novo de Fiona Apple.

“No primeiro dia que saiu, fiquei umas 3 ou 4 horas ouvindo e lendo as letras. Fiquei surpreso com o quão incomum e brilhante ele é, pois não é convencional.”

Em seguida, o baterista citou “Tranquility Base Hotel & Casino”, do Arctic Monkeys – banda que ele já declarou ser fã no passado.

“O ‘último álbum ‘Tranquility Base Hotel & Casino’ do Arctic Monkeys também tem esse efeito, de não ser o que você espera e te fazer enxergar que dá para fazer algo diferente que seja único. Também adorei o álbum de Ed O’Brien (projeto EOB, do guitarrista do Radiohead).”

Por fim, Lars falou do Rage Against the Machine, banda descrita como “velha amiga”.

“O que eu mais tenho ouvido nos últimos 2 ou 3 meses é Rage Against the Machine. Sou o único que acha que a música deles fica cada vez mais relevante com o passar do tempo?. A música deles se conecta cada vez mais com o que acontece no mundo. É como se todos aqueles álbuns tivessem sido gravados na semana passada. Quando faço meus exercícios físicos, coloco coisas como ‘Calm Like A Bomb’, ‘Sleep Now In The Fire’ ou ‘Bombtrack’ e fico pensando: ‘sério, de onde vem isso?’. Rage Against the Machine é sempre um amigo confiável.”

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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