Em 1997, Ritchie Blackmore explicava motivo da saída do Deep Purple

Guitarrista não aguentava mais o desafeto Ian Gillan, tanto em termos de convívio quanto de performance

No início dos anos 1990, as brigas entre Ian Gillan e Ritchie Blackmore chegaram às raias do insustentável. O guitarrista venceu a primeira batalha e conseguiu emplacar Joe Lynn Turner como vocalista no álbum “Slaves & Masters” (1990), que soava mais como Rainbow do que como o próprio Deep Purple.

A turnê – que contou com a primeira passagem da banda pelo Brasil – rendeu alguns momentos constrangedores. Insatisfeitos, os outros instrumentistas do grupo chegaram ao ponto de pedir que a voz do frontman fosse retirada de seus monitores. Após pressão do público e gravadora, Gillan reassumiu o posto.

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A turnê do álbum “The Battle Rages On” (1993) foi ainda mais tensa. Chegou ao ponto de Blackmore ter realmente agredido o desafeto em pleno palco. E tudo durante um show que estava sendo gravado.

O momento pode ser conferido no home vídeo “Come Hell or High Water”, durante a execução de “Highway Star”, quando Ritchie entra no palco apenas no momento do seu solo.

Antes que a coisa piorasse de vez, o guitarrista pediu as contas e reformou o Rainbow. No último período de atividades da formação que gravou “Stranger in Us All” (1995), o gênio genioso concedeu entrevista à revista Metal Edge. Nela, falou sobre o rompimento.

“Saí porque não estava gostando de trabalhar com uma banda de rock corporativo, que não estava indo a lugar nenhum. Era nostalgia demais. Também não gostava de como o vocalista estava cantando. Os outros não se importavam, mas eu ficava incomodado. Em termos de negócios, estávamos indo muito bem. Porém, não sentia que estávamos oferecendo algo honesto.”

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Até por isso, Blackmore não estava incomodado pelo fato de ter descido alguns patamares com o Rainbow.

“As pessoas perguntam como me sinto tocando em lugares menores, mas não é algo com que me importo. O importante é que façamos algo verdadeiro e ao menos algumas pessoas estejam interessadas. Financeiramente, estou ganhando mais. Sou um cara de sorte por ter Doogie White comigo. Ele sabe exatamente o que desejo em um cantor, combina todos os pontos fortes dos vocalistas anteriores, além de ter estilo próprio. Conhece todo o material do passado da banda.”

Ritchie Blackmore após o Deep Purple

Logo a seguir, Ritchie Blackmore encerraria as atividades do Rainbow novamente. Uma volta aconteceria apenas em 2015. No meio tempo, montou o Blackmore’s Night, projeto de música renascentista em parceria com sua esposa, Candice Night. O grupo segue na ativa.

*Foto: Steve Knight / CC BY 2.0

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João Renato Alves
João Renato Alveshttps://twitter.com/vandohalen
João Renato Alves é jornalista, 40 anos, graduado pela Universidade de Cruz Alta (RS) e pós-graduado em Comunicação e Mídias Digitais. Colabora com o Whiplash desde 2002 e administra as páginas da Van do Halen desde 2009. Começou a ouvir Rock na primeira metade dos anos 1990 e nunca mais parou.

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