Seymour Stein, lendário executivo musical da Warner Music e fundador da Sire Records, morreu nesse domingo (2), aos 80 anos, em decorrência de um câncer. Responsável por conseguir os primeiros contratos de gravação para Ramones, Talking Heads e Pretenders nos primórdios do punk, o profissional fez da Sire um dos principais nomes da música alternativa nos anos 80.
Stein era conhecido não só por seu ouvido para talento, mas também por sua personalidade forte e seu conhecimento enciclopédico de música pop. Em seu livro de memórias “Siren Song: My Life in Music”, o americano escreveu:
“Ser gostado não era meu objetivo em vida. Meu negócio era transformar música boa em hits.”
Isso o ajudou a criar relacionamentos com bandas inglesas tal qual The Cure, Depeche Mode, The Smiths e Echo and the Bunnymen, que levou a Sire a conseguir os direitos de distribuição desses artistas nos Estados Unidos.
Entretanto, o maior feito de Stein como executivo foi identificar em 1982 o potencial de uma garota com uma voz sem muito alcance, mas cheia de personalidade: Madonna. Todos sabemos o quão grande ela se tornou.
O executivo ainda é creditado por muitos como sendo o criador do termo new wave, em grande parte porque ele não gostava do termo punk, por achar pejorativo. Foi também um dos fundadores do Rock and Roll Hall of Fame e fez parte da equipe da Billboard que criou a lendária parada de sucessos da publicação.
Ele foi casado com Linda Stein – com quem teve duas filhas – até se divorciar no final dos anos 70 e nunca se casar novamente. Em seu livro de memórias já citado, ele também se abriu sobre sua sexualidade, especificamente sua atração por homens e a subcultura gay inglesa, daí talvez sua propensão por bandas do país.
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