Steven Tyler nega à Justiça todas as acusações de abuso de menor

Vocalista do Aerosmith afirma não ter cometido agressão sexual e disse que o relacionamento entre ele e Julia Misley, na década de 1970, era consentido

Em dezembro do ano passado, uma mulher chamada Julia Misley moveu uma ação contra Steven Tyler, o acusando de agressão sexual e imposição intencional de sofrimento durante a década de 1970, quando ela ainda era menor de idade. Após ser nomeado formalmente como réu no processo, o cantor se pronunciou no tribunal pela primeira vez na última semana, de acordo com documentos obtidos pela revista Rolling Stone

Como relata o veículo, o artista, por meio do advogado Shawn Holley, negou todas as acusações. De maneira geral, ele afirmou que o relacionamento entre os dois era consentido e pediu para que as queixas apresentadas fossem julgadas como improcedentes. 

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As acusações

A denúncia relata que os dois se conheceram em 1973, depois de um show do Aerosmith em Oregon. Julia Misley (anteriormente chamada Julia Holcomb), então com 16 anos, foi convidada para ir aos bastidores e então para o quarto de hotel de Steven. Ela acusou o músico de abusar sexualmente dela naquela noite e de agredi-la sexualmente em um quarto de hotel após o próximo show em Seattle, para onde o cantor teria bancado sua viagem. 

No ano seguinte, Tyler se encontrou com a mãe de Misley e a convenceu a “passar a guarda de sua filha para ele”. Trechos da autobiografia do artista, “O barulho na minha cabeça te incomoda?”, foram usados para compor o processo. No próprio livro, Steven confirmou – sem citar o nome de Julia – que quase se casou com uma adolescente e que os pais dela lhe passaram a guarda, o que a deixou livre para inclusive acompanhá-lo nas turnês.

Julia Misley também disse que foi obrigada a abortar um filho que teve com Tyler, em 1975, quando ela tinha 17 anos. A jovem seguiu hesitante em realizar o aborto, mas o cantor teria alegado que pararia de apoiá-la se ela não fizesse o procedimento. Ela aceitou interromper a gestação, mas terminou com o artista em seguida e voltou a morar em Portland, sua cidade natal. As lembranças haviam sido apagadas de sua memória até o músico voltar a mencioná-las em seu livro.

A defesa de Steven Tyler

Em sua defesa, Steven Tyler disse que a suposta vítima nunca sofreu qualquer agressão ou lesão de sua parte. Também destacou que, como previsto na primeira emenda da constituição americana, estava no direito de escrever e lançar uma autobiografia. 

Ainda, alegou incoerência nos relatos, não só devido à permissão no relacionamento relatada por ele, como também por ter tido a guarda legal da mulher – o que, em suas palavras, o isentaria e tiraria sua responsabilidade pelo princípio de “imunidade” ou “imunidade qualificada”.

Advogado da acusação se manifesta

Em comunicado, Jeff Anderson, advogado de Misley, acusou o vocalista de “gaslighting” (forma de abuso psicológico na qual informações são distorcidas, seletivamente omitidas ou inventadas para fazer a vítima duvidar de si) e descreveu como “perigosos” os argumentos do cantor:

“Ele está trazendo mais dor para Misley e está praticando gaslighting ao mentir que ela consentiu e justificando a dor que ele causou. Nunca encontramos uma defesa tão desagradável e potencialmente perigosa quanto a de Tyler e a de seus advogados nesta semana: ele alega que a tutela legal é consentimento e permissão para abuso sexual.”

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Maria Eloisa Barbosa
Maria Eloisa Barbosahttps://igormiranda.com.br/
Maria Eloisa Barbosa é jornalista, 22 anos, formada pela Faculdade Cásper Líbero. Colabora com o site Keeping Track e trabalha como assistente de conteúdo na Rádio Alpha Fm, em São Paulo.

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